10 espécies em perigo de extinção no Peru

Entre elas, algumas podem ser encontradas também em solo brasileiro.

O Peru, um país amazônico megadiverso e enfrenta uma dura realidade: um número notável de espécies no seu território está à beira da extinção. Este tesouro natural está a ser afetado, principalmente, pela caça indiscriminada e pela devastação dos ecossistemas, desencadeando um apelo à atenção para a conservação. 

Conheça 10 desses animais:

Macaco-aranha comum 

O Ateles belzebuth, conhecido como macaco-de-barriga-amarela, não só compartilha seu habitat com o Peru, mas também com o Brasil e a Venezuela. Embora se alimente de frutos, insetos e raízes, enfrenta o seu maior desafio na caça humana e na expansão da indústria mineira, que invadiu os seus territórios vitais.

Foto: Mariana Diaz

Uacarí careca

O Cacajao calvus, habitante das copas das árvores da Amazônia peruana, está na categoria de espécie vulnerável segundo a CITES. A caça furtiva e o desmatamento são os culpados pelo declínio de sua população, apesar de ser considerado protegido pelo governo peruano.

Foto: Reprodução/Agência Andina

Macaco peludo de cauda amarela

Endêmico da Amazônia peruana, Lagothrix flavicauda enfrenta uma extinção crítica. Após ser considerada extinta em 1974, sua população atual é incerta devido ao desmatamento desenfreado. Apesar de estar incluído em programas de conservação no Peru, como o Santuário Nacional da Cordilheira de Colán, a urgência pela sua sobrevivência persiste.

Foto: Reprodução/Agência Andina

Gato andino

O Leopardus jacobitus, habitante dos Andes peruanos, enfrenta uma ameaça peculiar: a exigência de sua pele como amuleto, prática enraizada no povo aimará. Embora o Peru tenha implementado um programa de proteção no Parque Nacional Río Abiseo, a pressão persiste, colocando em perigo este felino único.

Foto: Reprodução/Agência Andina

Gato marinho ou chungungo

A Lontra felina, única espécie marinha do gênero, luta para sobreviver ao longo da costa sul-americana , do Peru à Terra do Fogo. A caça à pele e à carne levou esta espécie à beira da extinção. Embora a legislação peruana apoie programas de conservação na Reserva Nacional de Paracas, o desafio permanece.

Foto: Reprodução/Agência Andina

Lontra gigante

A Pteronura brasiliensis, uma ariranha ameaçada de extinção, enfrenta caça indiscriminada e destruição de habitat nas áreas amazônicas do Peru. Apesar dos esforços em parques nacionais como o Manu e a Reserva Nacional Pacaya-Samiria, a sobrevivência desta espécie vital para os ecossistemas está em jogo.

Foto: Reprodução/Agência Andina

Anta andina

O Tapirus pinchaque, um mamífero herbívoro típico da América do Sul, está ameaçado pela caça e pela destruição de seu habitat. Com os seus números exatos desconhecidos, o governo peruano protege um grupo no Santuário Nacional Tabaconas-Nambelle, mas a urgência da sua conservação permanece nas sombras. 

Foto: Reprodução/Agência Andina

Rato da Colina

Melanomys zunigae, endêmico de Lima, enfrenta ameaças como a exploração mineira, a introdução de fauna externa e o crescimento urbano . Apesar de ser uma espécie única, o governo peruano ainda não implementou programas específicos para a sua conservação, deixando o rato-das-montanhas numa situação crítica.

Foto: Reprodução/Agência Andina

Guan de asas brancas

A Penelope albipennis, nativa do Peru, está criticamente ameaçada com apenas duzentos exemplares ou menos. A caça, a destruição do habitat e a reprodução lenta representam ameaças significativas. Apesar da sua situação crítica, o Peru carece de programas dedicados à sua conservação, deixando esta espécie numa situação precária.

Foto: Reprodução/Agência Andina

Cortarrama peruana

O Phytotoma raimondii, ave endêmica do Peru, enfrenta a destruição de seu habitat natural devido ao crescimento urbano. Vulnerável aos atropelamentos e à caça por diversão, a falta de dados sobre a sua população agrava a situação. Em Lima, onde ainda é encontrada, a ave peruana luta pela sua existência em silêncio.

Este desafio crucial para a biodiversidade peruana exige não só o reconhecimento do problema, mas também ações imediatas para preservar estas espécies icónicas antes que seja tarde demais.

Foto: Reprodução/Agência Andina

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