Obeliscos: conheça as origens dos monumentos que marcaram a história de Manaus

Um dos mais conhecidos foi construído em alusão ao Primeiro Centenário da Elevação da Vila da Barra do Rio Negro à categoria de cidade.

Quem caminha no Centro da cidade de Manaus (AM), consegue encontrar diversos casarões, prédios e monumentos que deixaram registrados trechos da história da capital amazonense. Marcos históricos, pessoas de destaque, locais importantes para a construção da cidade: é possível encontrar de tudo um pouco.

Entretanto, um monumento que talvez muitos nem sequer lembrem é o obelisco em frente ao Relógio Municipal, localizado na Avenida Eduardo Ribeiro. 

Foto: Reprodução/Manaus Sorriso

De acordo com o livro ‘Manaus, entre o passado e o presente’, do escritor Durango Duarte, o obelisco foi construído durante a administração municipal de Raimundo Chaves Ribeiro e marca a data histórica da elevação da Vila da Barra do Rio Negro à categoria de cidade, no dia 24 de outubro de 1848.

Conhecido apenas como Obelisco, devido ao seu formato retangular e ponta triangular em forma de pirâmide, o projeto é de autoria de Branco e Silva, com construção de Tupinambá Nogueira.

“Inaugurado em 24 de outubro de 1948, recebeu o nome de Monumento ao Primeiro Centenário da Elevação da Vila da Barra do Rio Negro à Categoria de Cidade. Possui três degraus de mármore em sua base. Em cada uma de suas faces, estão registrados os nomes das autoridades da época de sua inauguração: o prefeito Raimundo Chaves Ribeiro e o governador Leopoldo Neves, além de referências à Câmara Municipal de Manaus, à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas, às Secretarias Estaduais, ao Tribunal de Justiça e aos senadores e deputados federais”,

Trecho do livro ‘Manaus, entre o passado e o presente’, de Durango Duarte.

Foto: Alex Pazuello/Reprodução Livro ‘Manaus, entre o passado e o presente’, de Durango Duarte

Elevação da Vila da Barra do Rio Negro à Categoria de Província

Entre os anos de 1580 e 1640, era uma época em que Portugal e Espanha estavam sob uma só coroa, tendo início a povoação europeia na Amazônia. Fundado em 1669, um povoado foi originado que posteriormente seria a cidade sede da Capitania e da Província, na margem esquerda do rio Negro a partir do Forte de São José da Barra do Rio Negro. O forte foi construído para evitar a invasão dos holandeses aquartelados no Suriname (ex–Guiana Holandesa) e garantir o domínio da Coroa Portuguesa na região.

O povoado, que se desenvolveu ao redor da fortaleza, recebeu o nome de São José da Barra do Rio Negro. Em 1832, sob a denominação de Nossa Senhora da Conceição da Barra do Rio Negro, o lugarejo foi elevado à categoria de vila e, em 1848, a Vila da Barra foi novamente elevada, então à categoria de cidade, com o nome de Cidade da Barra do Rio Negro.

Até que em 1856, a cidade recebeu finalmente o nome de Manaus, em homenagem à nação indígena dos Manaós (Mãe dos Deuses), considerado o mais importante grupo étnico habitante da região.

Outros obeliscos pela cidade

Além do monumento em homenagem ao centenário da Elevação da Vila da Barra do Rio Negro à categoria de Cidade, outros obeliscos podem ser encontrados na capital amazonense.

Um dos monumentos fica localizado no Parque Dez de Novembro, Zona Centro-Sul da capital. Instalado na rotatória do ‘Eldorado’, o obelisco “surgiu” na segunda semana de julho de 2012, o que intrigou as pessoas que passavam pela rotatória e moradores das proximidades.

O obelisco não tinha nenhuma placa de identificação ou mensagem que homenageasse algo, apenas contendo o símbolo da Maçonaria. Na época, o Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb) informou que foi construído pela Grande Loja Maçônica do Amazonas, com o objetivo de homenagear as obras filantrópicas e mostrar à população o que seria a maçonaria. 

Foto: Google Maps

Um dos marcos mais importantes foi a construção da Avenida Constantino Nery, inaugurada no dia 8 de dezembro de 1906, que inicialmente havia recebido o nome de Rua João Coelho.

Para representar a inauguração, um pequeno obelisco foi construído no marco zero da rua. O marco inaugural fica ao lado direito do Terminal de Integração, o T1, no sentido centro-bairro. Ele possui os dizeres:

“Inaugurado em 8 de dezembro de 1906 pelo Excelentíssimo Senhor Doutor Antonio Constantino Nery, Governador do Estado. Sendo o Director das Obras Públicas o Senhor Doutor Jacinto Estellita Jorge”.

Foto: Reprodução/Google Maps

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Xote, carimbó e lundu: ritmos regionais mantém força por meio de instituto no Pará

Iniciativa começou a partir da necessidade de trabalhar com os ritmos populares regionais, como o xote bragantino, retumbão, lundu e outros.

Leia também

Publicidade