Nostalgia: relembre cinemas de rua de Manaus

Atualmente, em Manaus, a maioria das salas de cinema estão concentradas em shoppings. Porém, nem sempre foi assim. O Portal Amazônia te monstra algumas salas de cinema que faziam sucesso na capital

Não existe nada melhor do que pegar uma sessão de cinema, né? A cadeira confortável, de preferência em um lugar estratégico com a melhor visão da tela, a pipoca quentinha e o refrigerante gelado são itens primordiais para curtir um filme.

Atualmente, em Manaus, a maioria das salas de cinema estão concentradas em shoppings. Mas, você sabia que existia uma época em que a cidade contava com os cinemas de rua? Sim, o Centro era recheado com salas que exibiam todos os lançamentos em cinemas de rua.

Para manter a memória dos cinemas de rua viva e aquecer o coração dos manauaras nostálgicos, o Portal Amazônia relembra alguns cinemas de ruas que fizeram sucesso na capital; confira:

Cine Chaplin

Inaugurado no dia 21 de abril de 1980, o Cine Chaplin ficava localizado na Avenida Joaquim Nabuco. A sala tinha a capacidade para 300 pessoas e a sessão de inauguração foi “Bye, Bye Brasil”, de Cacá Diegues.

O proprietário do cinema, Joaquim Marinho, aproveitou para se aventurar em outra vertente do audiovisual e abriu a locadora “Chaplin Vídeo”, destinado ao aluguel de filmes em VHS.

O Cine Chaplin fechou as portas em novembro de 2002. Um dos motivos foi a chegada das salas de cinema no shopping da cidade, que eram consideradas mais modernas.

Foto: Reprodução/IBGE

Cine Éden

O Cine Éden foi inaugurado no dia 23 de novembro de 1946 com a sessão de “Brazil”, de Robert North. A capacidade da sala era para mil espectadores. O cinema funcionou até junho de 1973, sendo reaberto no ano seguinte como Cine Veneza, mas a capacidade diminuiu para 600 lugares.

Infelizmente, o Cine Veneza também não deu certo e reabriu em 1989 com o nome de Cine Teatro Guarany, o filme de reestreia foi “Princesa Xuxa e Os Trapalhões”. A última exibição aconteceu em novembro de 1990.

Foto: Reprodução/Manaus de Antigamente

Cine Ipiranga

Construído no bairro da Cachoeirinha, o Cine Ipiranga inaugurou no dia 8 de outubro de 1959. A primeira sessão foi do filme “Adeus às Armas”. Pensando nas pessoas carentes, o cinema contava com sessões matinais gratuitas, oferecidas pelo Governo do Estado.

Entre janeiro e outubro de 1980, o então Cine Ipiranga passou por algumas reformas e teve sua capacidade reduzida para quinhentos lugares. Na ocasião, promoveu um concurso cultural para aquele que acertasse a data de reabertura do cinema. Foi assim reaberto em 26 de setembro de 1980, com o filme “O Império Contra-ataca”, que ficou em cartaz por 13 dias. Deixa de ser mencionado nos jornais em novembro de 1983.

Foto: Reprodução/IBGE

Cine Odeon

O Cine Odeon, também conhecido como Pérola da Avenida, Cinema Odeon ou Cine Odeon. Inaugurado em 21 de fevereiro de 1913, construído exclusivamente para funcionar como casa cinematográfica e pertencia a empresa Moreira, Lages & Cia. Foi construído no local o Manaus Shopping Center. Localizava-se na Avenida Eduardo Ribeiro.

Em 30 de janeiro de 1952, essa sala foi fechada. Depois de passar por uma grande reforma, com significativas alterações em suas características arquitetônicas, tornou-se a primeira sala exibidora da cidade a possuir sistema de ar-condicionado. A reinauguração aconteceu no dia 14 de agosto de 1953, com a exibição do filme Ivanhoé, o Vingador do Rei.

O então Grupo Severiano Ribeiro – Empresa de Cinemas São Luiz –em 1963, arrendou esse cinema por dez anos. Em 1969, o Odeon foi sede do 1º Festival Norte de Cinema Brasileiro, realizado em comemoração ao aniversário de 300 anos de Manaus. Em 1972, houve um princípio de incêndio no cinema, quando uma das cortinas pegou fogo. Uma ponta de cigarro teria sido a causadora do acidente, mas os bombeiros chegaram a tempo e evitaram uma tragédia.

No ano seguinte, em 18 de janeiro de 1973, o cine Odeon, prédio de propriedade de Alberto Carreira da Silva, foi então vendido por Cr$ 6 milhões. Em 22 de junho do mesmo ano, a sala encerrou suas atividades, sendo A Mancha do Passado seu último filme em cartaz. A então Construtora Adolpho Lindenberg o demoliu para a construção do edifício Manaus Shopping Center.

Foto: Reprodução/IBGE

Cine Guarany

O antigo Cine Guarany, localizado na confluência da Rua Leovegildo Coelho que dá prosseguimento para a atual avenida Getúlio Vargas, com a Av. 7 de Setembro.

O Cine Guarany foi demolido, transformando-se em escombros. Chamado originalmente de Cine Olympia, depois Cine Teatro Alcazar, de estilo arquitetônico inspirado no Oriente e somente, muito tempo depois, Cine Teatro Guarany. Agora, o espaço é ocupado pelo Banco Itaú.

Foto: Reprodução/Manaus de Antigamente

Cine Palace

Outro cinema de propriedade da empresa A. Bernardino & Cia. Ltda., foi o então Cine Palace, que funcionava no antigo Boulevard Amazonas, atual avenida Álvaro Botelho Maia, esquina com a rua Ferreira Pena, no Centro. Sua inauguração aconteceu no dia 18 de novembro de 1965, o evento contou com a presença do então governador do Estado do Amazonas Arthur César Ferreira Reis. O filme assim de estreia foi A Queda do Império Romano, com os atores Sophia Loren, Stephen Boyd, James Mason e Christopher Plumer.

Em 20 de dezembro de 1966, o desabamento assim de parte do seu teto, causado por um forte temporal, ocasionou a paralisação temporária das sessões. O Palace foi reaberto somente em 17 de junho de 1967, exibindo o filme Topkapi. Suas atividades foram encerradas no primeiro semestre de 1973.

Foto: Reprodução/Manaus de Antigamente

Cine Renato Aragão

O Cine Renato Aragão iniciou então suas atividades no dia 12 de abril de 1990, na rua Dez de Julho, nº 695, próximo à avenida Getúlio Vargas, Centro. Seu filme de estreia foi Kickboxer, o Desafio do Dragão. Sua capacidade era de 301 lugares e funcionou assim nesse local até novembro de 2001. Atualmente, em seu lugar, funciona o então Cine Oscarito. 

Foto: Reprodução/IBGE

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pará perde Mestre Laurentino; artista completaria 99 anos em janeiro de 2025

Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

Leia também

Publicidade