Além de um roteiro para surf, a iniciativa pretende capacitar comunidades locais para orientar turistas sobre os locais de ocorrência do fenômeno natural.
Surfistas no Extremo Norte do país poderão contar com um guia de locais onde ocorrem as pororocas, fenômeno natural que acontece a partir do encontro das águas de rios da Amazônia com o Oceano Atlântico. O projeto ‘Parque das Pororocas’ pretende ainda capacitar comunidades locais para que possam conduzir as atividades turísticas.
A Associação de Guarda-Parques do Estado do Amapá é a responsável pela iniciativa e já realizou diversas visitas e levantamentos em regiões com ocorrências.
Franco Montoril, um dos coordenadores do projeto, descreveu como surgiu a ideia de resgatar um dos símbolos dessa região na Amazônia. “O projeto surgiu a partir da vontade do ‘Jim’ para resgatar a história da pororoca, que para muitos tinha acabado. Ele descobriu várias pororocas ao longo dos cerca de 700 quilômetros de costa do estado. E ele compartilhou isso com um grupo de profissionais de turismo e instituições”, disse Montoril.
Desde então várias expedições foram realizadas. O último levantamento ocorreu no Arquipélago do Bailique, onde o grupo pretende tornar referência como educação ambiental e empreendedora a partir do turismo criativo.
A equipe conta agora com 12 membros entre surfistas, guias de turismo e turismólogos. O coordenador informou ainda que a equipe usou recursos próprios para a realização das expedições, mas que busca parcerias para que o projeto tenha um alcance maior na região.
“É um projeto que tem o viés da pororoca, e também o turismo social ou de base comunitária, que é onde a gente desenvolve uma cadeia de produção. Seria o envolvimento das comunidades locais para acolhimento dos turistas tanto na hospedagem, quanto na alimentação. E tudo isso movimentando a economia”, acrescentou Montoril.
A pororoca
*Por Rafael Aleixo, do g1 Amapá