Além de fortalecer a memória, a homenagem também serve para a população conhecer mais sobre as cinco personalidades
Figuras históricas para a educação e o marabaixo foram eternizadas em forma de estátuas, em quatro pontos de Macapá. Além de fortalecer a memória, a homenagem também serve para a população conhecer mais sobre as cinco personalidades que tanto fizeram pela cultura do Amapá.
Em frente à escola Meu Pé de Laranja Lima, no bairro Santa Rita, se encontra a representação de Tia Gertrudes, a primeira mulher a tocar uma caixa de marabaixo e a puxar um ladrão.
No bairro Laguinho, na esquina da Rua Eliezer Levy com Avenida Mãe Luzia, tem a figura da Tia Venina, com a emblemática saia rodada usada pelas marabaixeiras.
Na Zona Norte, o visitante se depara com a estátua da Tia Chiquinha, na entrada Rodovia AP-70 que leva à comunidade quilombola onde ela nasceu e viveu: o Curiaú.
Já no Largo dos Inocentes, no Centro da cidade, é possível encontrar a representação de uma conversa dos professores Antônio Munhoz e Zaide Soledade.
As esculturas foram instalados na quinta-feira, 31 de dezembro de 2020, pela prefeitura, resultado de um trabalho produzido por artistas locais, do coletivo Urucum.
Demorou cerca de quatro meses para as estátuas serem entregues, mas o projeto já é antigo, foi idealizado há 2 anos. Para quem se depara com as representações, essa é uma maneira especial de conhecer mais sobre a cultura amapaense.
“Ficou bem legal, de noite colocaram uma iluminação bonita. É bom ter a cultura representada assim. Tem muitas pessoas que não conhecem, que passa mas não sabe o que é, como eu não sabia, mas é legal, isso é muito bom. Gostei”, disse o autônomo Wagner Gomes.
A produção contou com a contribuição de pelo menos 15 artistas. O material utilizado para construção das peças foi diverso, incluindo concreto armado, como explicou o artista visual Josaphat Urucum, um dos participantes da confecção.
“Essas esculturas foram trabalhadas em concreto armado e elas foram esculpidas pelo J Márcio e o assistente dele, Nilton. Enquanto isso, a gente adiantava outras esculturas que estavam em estrutura metálica precisando de serralheiro e várias outras classes de operários”, contou Josaphat.
A produção das estátuas também contou com apoio de arquivos pessoais, como os registros das famílias. O artista J. Márcio Carvalho ressaltou a importância do cuidado da população com as estátuas. A do professor Munhoz, por exemplo, já foi vandalizada 2 depois de instalada.
“É um patrimônio do município, do nosso estado e da nossa sociedade. E cada um tem que fazer seu papel de preservar a memória daqueles que um dia contribuíram com a nossa belíssima Macapá. Vale ressaltar que esse cuidado tem que vir de cada pessoa para poder manter uma memória viva”, destacou.
Escrito por Rafaela Bittencourt e Edson Ribeiro