Amapá: Círio de Nazaré tem emoção, homenagens e agradecimento pela cura da Covid-19

Ponto alto da programação neste domingo (11) foi marcado por missas, carreatas e homenagem lembrando as vítimas da pandemia. Grande procissão não foi realizada.

Olhos marejados, famílias reunidas – nas igrejas ou em casa – e um misto de emoções levaram milhares de fiéis a celebrarem, cada um da sua forma, a exaltação à Virgem de Nazaré no Círio de Macapá. Desde as primeiras horas deste domingo (11), ações marcaram a data que não teve a tradicional procissão em função das medidas de distanciamento e prevenção à Covid-19.

 As tradicionais missas na Catedral de São José e nas paróquias tiveram público reduzido, mas muitos devotos foram às ruas da capital, sob forte calor, para agradecer pela vida, graças alcançadas e a cura da Covid-19.

Na catedral, foram duas missas, às 7h30 e às 10h, com público limitado a convidados, profissionais da saúde e familiares de vítimas da Covid-19. No fim da manhã, centenas de balões brancos foram soltos em memória daqueles que perderam a vida em decorrência da doença.

O momento foi marcado por muita emoção, diversos fiéis caíram no choro na celebração feita pelo bispo da capital Dom José Pedro Conti.

Com uma imagem da Virgem de Nazaré nas mãos, o funcionário público Paulo Góes, de 54 anos, integrou um grupo de amigos que caminhou cerca de 6 quilômetros entre o bairro Universidade e a Catedral, que fica no Centro. Durante o trajeto, celebraram à saúde.

“Todos os anos agradecemos, porque temos muita fé. Viemos agradecer às graças de nossos amigos, familiares, que tiveram doentes. Viemos agradecer pelos que estão curados e rezar para que nos proteja dessa doença. Foram muitos doentes, tivemos perda de familiares e como somos religiosos, nosso grupo de amigos veio junto nessa caminhada para agradecer à Virgem de Nazaré”, disse.

Durante as missas, os fiéis dentro das igrejas foram divididos por espaços para garantir o distanciamento. A entrada também tinha aferição de temperatura e aplicação de álcool.

Um Círio diferente, mas que mobilizou diversas famílias em quatro carreatas entre paróquias de toda a cidade. Quem não pode acompanhar nos carros, ficou na frente de casa e celebrou com altares ou simplesmente uma saudação à Virgem de Nazaré. 

“Estive doente, tive Covid-19, mas com sintomas leves. Mesmo com pouca gravidade tive medo, afinal é uma doença desconhecida. Hoje estou curado, fiquei 15 dias separado da minha família, voltei semana passada. ‘Nazinha’ me permitiu passar esse Círio com eles”, contou o autônomo Leomar Rosa.

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