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Sexta, 26 Abril 2024

Saiba quais foram as maiores enchentes da história de Rio Branco desde 1971

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Rio Branco (AC) vivenciou a terceira maior enchente da história em 2023 e esta foi a mais rápida em termos de alcance de cotas históricas. O levantamento feito pela Rede Amazônica no Acre, com base em dados da Coordenadoria da Defesa Civil Municipal, mostra que desde que o Rio Acre começou a ser monitorado, em 1971, níveis acima de 17 metros foram registrados seis vezes. Confira a evolução dos cinco maiores registros:

Foto: Caio Fulgêncio/Acervo G1 Acre

18,40 metros

O Rio Acre alcançou a maior marca de todos os tempos em 4 de março de 2015. Naquele momento, quando mais de 100 mil pessoas haviam sido atingidas pelo avanço das águas, o Governo Estadual decretou situação de emergência e estado de calamidade pública, reconhecidos pelo Governo Federal. O manancial ficou 32 dias acima da cota de alerta, que é de 13,50 metros.

No total, mais de 10 mil pessoas ficaram desabrigadas, mais de 25 mil famílias foram atingidas e 53 bairros invadidos. O prejuízo estimado é de R$200 milhões a R$600 milhões. Uma operação de guerra foi montada pelo governo estadual para dar suporte às milhares de famílias atingidas pela cheia, dada como o maior desastre ambiental da história do estado. Quase 30 abrigos, entre públicos e comunitários, foram preparados para receber as vítimas.

Foto: Caio Fulgêncio

17,88 metros

A segunda maior enchente da história da capital acreana alcançou o pico em 2 de março de 2014. Os mais de 43 mil atingidos fizeram com que o governo decretasse situação de emergência.

Foram mais de 10 mil famílias atingidas e cerca de 4,5 mil desabrigados. O rio ficou 40 dias acima da cota de alerta e mais de 40 bairros foram invadidos. Estima-se um prejuízo de R$29,4 milhões.

17,72 metros

Após uma forte enxurrada que alagou diversos bairros de Rio Branco no dia 23 de março de 2023, o nível do Rio Acre saltou dos 9,76 metros para 14,65 metros no mesmo dia. Pelo menos 75 mil pessoas foram atingidas, 42 bairros alagados e mais de 3,3 mil famílias que precisaram ser levadas a abrigos públicos. No total, mais de 15,4 mil moradores tiveram que deixar suas casas por conta da cheia do manancial. Além disso, 27 comunidades rurais estão isoladas, com 7,5 mil pessoas de mais de 1,8 mil famílias.

A enchente de 2023 foi a que chegou mais rápido na cota de transbordo: em apenas 12 horas. O nível do rio na capital acreana ficou 18 dias acima da cota de transbordo, que é de 14 metros. A marca de 17,72 metros foi alcançada em 2 de abril. Na mesma semana, o rio começou a dar sinais de vazante. No dia 12 de abril o nível marcou 12,38 metros e segue em vazante.

Oito municípios acreanos decretaram situação de emergência: Rio Branco, Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri, Sena Madureira, Porto Acre, Capixaba. No dia 25 de março, o governo federal reconheceu a situação de emergência em Rio Branco por causa dos estragos causados pelas chuvas. Nos dias seguintes, também reconheceu a de outras cidades acreanas atingidas.

Rio Acre chegou a 17,72 metros em apenas 11 dias; esta foi a terceira maior cota já registrada desde 1971. Foto: Pedro Devani/Secom AC

17,66 metros

14 de março de 1997. Esta foi a data em que, naquela época, seria a maior enchente da história. Com mais de 103 mil atingidos e 7 mil desabrigados, a capital acreana estava em situação de emergência e de calamidade pública, e viu o manancial ficar 49 dias acima da cota de alerta. O prejuízo foi estimado em R$ 67,7 milhões.

17,64 metros

A quinta maior cota histórica do Rio Acre, registrada em 26 de fevereiro de 2012, afetou mais de 65 mil pessoas e acarretou em mais de 1,7 mil famílias desabrigadas, cerca de 8 mil pessoas. Com apenas dois centímetros abaixo da que era a então maior cota histórica, o manancial ficou 47 dias acima da cota de alerta e gerou mais de R$212 milhões em prejuízos.

Rio Acre alcançou, em 2012, a maior cota desde 1997. Foto: Sérgio Vale/

17,12 metros

A primeira vez que o Rio Acre registrou níveis acima dos 17 metros foi em 17 de fevereiro de 1988. No que era a então maior cheia já vista na capital acreana, estados de calamidade pública e situação de emergência foram decretados pelo governo estadual. Naquela ocasião, 4,5 mil famílias foram atingidas, o que resulta em 18 mil pessoas, além de 6,2 mil desabrigados. Os prejuízos ultrapassam os R$184 milhões.


*Por Renato Menezes, do G1 Acre

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