Vacinação dos professores é repercutida pelos deputados na Aleam

O retorno das aulas presenciais na rede pública estadual de educação foi amplamente debatido pelos deputados durante a Sessão Ordinária na Aleam

O retorno das aulas presenciais na rede pública estadual de educação foi amplamente debatido pelos deputados durante a Sessão Ordinária desta terça-feira (18), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). A vacinação dos profissionais de educação e manutenção das escolas atingidas pela cheia dos rios foram os destaques nos pronunciamentos.

A presidente da Comissão de Educação da Aleam, deputada Therezinha Ruiz (PSDB), iniciou seu pronunciamento celebrando o início da vacinação de professores, que começou na última segunda-feira (17), em cerimônia realizada no Centro de Tempo Integral (CETI) do município de Iranduba ( distante 36 km de Manaus em linha reta).

“Participei dessa luta para tornar realidade esse momento, e a satisfação de ver meus colegas vacinados é enorme”, declarou a parlamentar, professora de carreira. Ruiz fez questão de explicar que as vacinas utilizadas para imunizar os profissionais da educação são de uma reserva existente no Estado, e que não irão atrasar ou prejudicar de alguma maneira o processo de vacinação já em vigor no Amazonas.

Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A imunização dos professores e demais profissionais da educação permitirá, gradativamente, o retorno presencial das aulas. Segundo informações repassadas pelo titular da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Luís Fabian, a deputada Therezinha Ruiz informou que inicialmente serão imunizados 4,9 mil profissionais.

“A vacina é a única saída para esta pandemia”, disse o deputado Serafim Corrêa (PSB), ao iniciar seu pronunciamento. Corrêa lembrou que países como Estados Unidos, Inglaterra e Israel já estão com a vacinação tão avançada a ponto de já permitirem que a população dispense o uso de máscara em determinados lugares.

Diante disso, o deputado parabenizou a juíza federal Jaiza Fraxe, da 1ª Vara no Amazonas, que determinou no dia 12 de maio último que o Ministério da Saúde (MS) disponibilizasse imediatamente 40 mil doses da vacina para atender a categoria da educação amazonense.

O deputado Sinésio Campos (PT) falou que a imunização é extremamente importante, porém, chamou atenção ao fato de que muitas escolas estão fechadas há mais de um ano, e algumas, especialmente as do interior, foram atingidas pela cheia dos rios. “É preciso atentar para as condições estruturais dessas escolas”, alertou, destacando a necessidade de avaliação e reformas, ou manutenção, desses locais antes da abertura para a retomada das aulas presenciais.

Nas ondas do conhecimento”

Outro deputado que também demonstrou satisfação e alívio com a vacinação dos professores foi Wilker Barreto (Podemos), falando da esperança de que os alunos e educadores possam voltar às salas de aula com mais segurança.

Barreto também destacou o projeto da Prefeitura de Benjamin Constant (distante de Manaus 1,119.16 km em linha reta), chamado “Nas ondas do conhecimento”. O projeto leva conteúdos de algumas disciplinas por meio do rádio para alunos da rede municipal de ensino. Os alunos recebem previamente apostilas e exercícios preparados pelos professores do município.

“Sabemos das dificuldades de serviços de internet no interior, e esse projeto, utilizando o rádio, consegue dar uma alternativa aos estudantes”, declarou, informando ainda que irá solicitar da Comissão de Educação da Aleam que envie o projeto como um indicativo ao Poder Executivo Estadual, para que possa ser utilizado em outros municípios.

18 de maio

O deputado Álvaro Campelo (Progressistas) falou sobre a data que marca o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”. O dia foi instituído pela Lei Federal nº 9.970/2000, e representa uma conquista da luta pelos direitos humanos e de crianças e adolescentes brasileiros.

Campelo disse que segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), no período de 2010 a 2020 foram registradas mais de 103 mil mortes de crianças e adolescentes vítimas de agressões; e desse total, cerca de 2 mil vítimas eram menores de 4 anos.

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