Quem deve fazer lipoaspiração?

Foto: Reprodução/Shutterstock

O Brasil é um dos países que mais realiza cirurgias plásticas no mundo. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), são realizadas todos os anos mais de 160 mil lipoaspirações, o segundo tipo de cirurgia mais procurado no País. O procedimento fica atrás apenas da implantação de próteses de silicone. De acordo com especialistas, mesmo com um número alto de práticas cirúrgicas ainda existe uma margem considerável da sociedade que desconhece quais as recomendações e condições para a lipoaspiração.

O procedimento, também chamado de lipoescultura, remodela áreas específicas do corpo, removendo o excesso de gordura, melhorando os contornos do corpo e as proporções. O cirurgião plástico, Lucho Montellano, que atende em Manaus, no Hospital Santa Júlia, costuma questionar os paciente que buscam a cirurgia. “Primeiro nós temos que entender que a lipo é uma cirurgia para melhorar contornos, e não um tratamento para obesidade. O ideal é que o paciente já tenha perdido peso, esteja numa dieta saudável e pretenda manter um estilo saudável de vida. Dessa maneira nós optamos pela lipoaspiração para diminuir as proporções corporais”, diz.

Segundo ele, é importante saber a razão para cirurgia, a condição física do paciente e sobre a ingestão de medicamentos. Informações sobre tabagismo e consumo de álcool e histórico de cirurgias.

Além do perfil pessoal, existem riscos que cercam a prática como hipertensão, homeopatias e coagulação. Até a idade é um fator de risco importante para a boa prática cirúrgica. A partir da análise de todas estas informações, é possível identificar se o paciente está habilitado ou não a fazer a cirurgia levando em consideração o nível de risco identificado.

“O candidato ideal, no meu consultório, não está acima do peso. Se ele estiver, eu encaminho para um endócrino e um nutricionista. O paciente candidato é magro? Então não tem gordura localizada. Em média a gordura deve estar entre 5% a 7% do peso corporal distribuído, no máximo”, revela o cirurgião plástico.

Se você não estiver no peso ideal, não se preocupe. O médico Lucho Montellano afirma que a mudança de hábito é um processo e que é preciso insistir. “A pessoa não deve desistir se ela não estiver no perfil ideal no momento. O importante é ela perceber se é isso que ela está buscando, procurar acompanhamento médico e ir atrás dos seus objetivos. Muitas pessoas mudam completamente de vida quando buscam um corpo ideal”, pondera.

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