A urologia é a especialidade médica que cuida da parte urinária e genital do homem e a parte urinária da mulher, esclarece o uro-oncologista do Centro de Urologia do Amazonas (Urocentro) em Manaus, Cristiano Paiva. “O urologista, hoje, é o médico do homem, da mesma forma que o ginecologista é o médico da mulher. Isso porque o homem tem doenças, como a andropausa, que é a menopausa do homem, ou seja, a baixa do hormônio testerona, que precisa ser reposto”, esclareceu o especialista ao Portal Amazônia.
Evolução
“Até uns 30 anos atrás, a urologia era apenas para tratar doença sexual masculina, mas hoje até cirurgia robótica é usada para tratar o câncer de próstata, que preserva não só o nervo da ereção, como o músculo que controla a continência urinária”, contou Paiva.
O médico disse ainda que isso é possível devido aos estudos e pesquisas na área, que são compartilhados pela comunidades médica anualmente em congressos em Londres (Inglaterra) e Boston (EUA). “O médico tem que dominar a língua inglesa na fala e na escrita. Isso dá a oportunidade de estar 100% atualizado com o que existe no mundo, para trazer o que há de mais moderno e seguro nos tratamentos para Manaus”, avisou.
Paiva destaca ainda que, com a evolução da urologia, especialidades surgiram. “Por exemplo, existe uma área dentro da urologia, que cuida de cálculo renal [pedras nos rins], a urolitíase”, exemplifica o médico.
A especialidade de Cristiano Paiva é a uro-oncologia, que cuida do câncer de próstata. “É interessante as pessoas terem noção das diferenças, porque elas podem procurar especialistas direto nessas áreas. Aqui na clínica, temos todos os subespecialistas da urologia”, informou.
Preconceito
Este ano, durante o Congresso Americano de Urologia em Boston (EUA), Paiva conta que o carro chefe dos estudos foi o câncer de próstata. “Vimos algumas campanhas que falam não ser necessário o exame preventivo. Isso começou mais ou menos em 2014. O que aconteceu é que os homens já queriam desculpas para não ir ao urologista e com isso passaram realmente a ir menos. Principalmente nos Estado Unidos e alguns países europeus”, contou.
Segundo o especialista, o homem que desde 2014 até este ano não realizou exames, poderia ter detectado uma doença em fase inicial, possível de ser curada, mas que possivelmente já estaria em estágio avançado. “Essa ideia de que não deve se fazer o exame é totalmente errada. Existem vários preconceitos que, felizmente, têm caído. O principal, não tenha dúvida, é o exame de toque”, explicou Paiva.
“Isso ainda fere a masculinidade do homem. Ele pensa que vai doer, que é um exame muito desagradável, que vai ficar muito constrangido. Na verdade, quando o homem vem e faz o exame, todos falam que pensavam ser completamente diferente”, afirmou. “Toda vez que fazem o exame e eu falo que está normal, as pessoas não sabem a sensação de alívio que é para o homem quando ele recebe esta notícia”, destacou. Ainda de acordo com o especialista, é comum ter casos de câncer na família que foram diagnosticados tardiamente.
Outros campos
Apesar de muitas pessoas estranharem, as mulheres também têm espaço no campo da urologia. O especialista informa que três doenças são comuns: infecções urinárias, cálculos urinários e a incontinência. “Quando a mulher inicia a vida sexual, a chance de ter infecções urinárias é de cinco a dez vezes maior que em um homem. Existe uma explicação anatômica, porque a uretra dela é mais curta o que leva á infecção mais rápido. Além disso, na mulher tudo é próximo: ânus, vagina e uretra, o que favorece essa questão”, explicou.
Outro fator é o estresse. “Hoje a mulher compete de igual para igual na carreira profissional e pode sofrer com o estresse, o que baixa a imunidade e favorece as infecções. Bem como o nosso clima, que é hostil, e que acomete homens e mulheres com cálculos renais”, completou. Esta é, de acordo com o médico, a segunda maior patologia atendida na clínica.
“Por último, depois de ter filhos, com o envelhecimento, a incontinência urinária afeta muitas mulheres. Tratamos com medicações ou cirurgias”, destacou. Já no caso das crianças, algumas das anomalias frequentes são a descida errada dos testículos e rins estreitos. “Para evitar ou tratar isso é importante o pré-natal. Mas quando são diagnosticadas, quem trata é o uro-pediatra”, informou.
Exames pré-nupciais
Um exame que previne todos os indivíduos – homens, mulheres e crianças – é o pré-nupcial. “Antigamente os homens tinham receio em fazê-los, mas hoje, quando vem comigo, faço exames que além de toda parte hormonal avalio também se tem condições de ter filhos de forma normal, o que evita problemas para o casal e para a futura criança”, afirmou Paiva.
De acordo com o médico, esses são apenas alguns aspectos de destaque para lembrar a importância das consultas com um urologista. “O papel dos exames é preventivo. O homem tem que procurar, senão ele vai apresentar problemas. Quanto mais precoce a detecção, melhor a possibilidade de cura e melhoria da qualidade de vida. E ainda, o homem a partir dos 40 tem que fazer uma avaliação hormonal, para não sofrer com os prejuízos da andropausa, como a perda de performance, não ter um desempenho sexual adequado e ainda distúrbios de memória”, avaliou o especialista.
Urocentro
Além do uro-oncologista Cristiano Paiva, a clínica conta ainda com o especialista em infertilidade masculina Flávio Antunes; o uro-oncologista Giuseppe Figliuolo; o urologista Ítalo Cortez; e o uropediatra Petrus Oliva.
A clínica está localizada na Rua Fortaleza, n°. 528, no bairro Adrianópolis, em Manaus (AM). Para mais informações: (92) 3213-4515, 3302-6650, 99254-3035, 99255-0753 ou recepcao@urocentromanaus.com.br.*Com a colaboração de Diego Oliveira