Nas oficinas credenciadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) em Manaus, a conversão custa entre R$ 4 e R$ 5 mil. O preço pode assustar no começo, mas a redução dos custos com abastecimento é nítida: até 50% de economia em relação aos demais combustíveis. Para os condutores que dirigem além de 80 quilômetros diários, a vantagem é ainda mais perceptível, o que pode representar o retorno do investimento de uma conversão ao GNV em questão de poucos meses.
De acordo com dados da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), um motorista que roda 2 mil quilômetros por mês (aproximadamente 66 por dia), quando troca a gasolina (R$ 3,80 o litro) pelo GNV (R$ 2,30 o metro cúbico), passa a ter economia mensal de R$ 375,90. Além da nítida economia no preço, o Gás Natural Veicular tem rendimento maior, de aproximadamente 12 quilômetros por metro cúbico (m³), enquanto a gasolina tem rendimento de 10 quilômetros por litro.
Os motoristas da capital amazonense podem procurar as oficinas convertedoras que trabalham com o kit GNV de 5ª geração. O sistema moderno não altera o rendimento do veículo. Atualmente, são seis postos que oferecem a opção do GNV em Manaus. Destes, três inauguraram neste ano.
Ficou na dúvida sobre o GNV? O Portal Amazônia preparou um gráfico e mostra quais as partes do carros que são modificadas. Veja:
Para o diretor administrativo da Rádio Táxi Golfinho, Junior Guimarães, o sistema GNV é a melhor opção por dois motivos: economia e confiabilidade. “Agora alguns veículos já vem com o kit de fábrica e possui uma configuração do sistema de bordo do carro. Por dia, o taxista gasta em média R$ 100 com gasolina, já com o sistema GNV, o gasto cai para R$ 40, ou seja, uma economia de R$ 60. No final do mês, essa quantia pode fazer uma diferença enorme para o bolso do profissional”, afirmou.
Com a disparada da gasolina, Guimarães acredita que mais motoristas procurem converter ou comprar carros com o sistema GNV. Só na Rádio Táxi Golfinho, cerca de 60 veículos da frota utilizam o GNV. “Quando o combustível fica caro os motoristas começam a buscar outras opções para compensar o gasto. A tendência é cada vez mais taxistas optarem em trocar, porque o investimento vale a pena para os profissionais”, disse.
O taxista Bruno Pereira é novato na profissão. Ele atua há cinco meses na Rádio Táxi Golfinho e garante que consegue economizar bastante com o sistema. “O carro já veio com gás, o meu lucro é de 50%. A minha botija é de 15 metros cúbidos e consigo rodar em uma faixa de 90 a 120 quilômetros dentro da cidade. Duas ou três vezes ao dia eu coloco gás”, contou.