O Largo São Sebastião foi o grande escolhido para receber a ação que consiste em conduzir o público à uma experiência imersiva da época de ouro do Jazz e homenagear as cantoras Billie Holiday, Ella Fitzgerald e Nina Simone.
O projeto ‘Cidade do Jazz’ chega a sua fase final, e para encerrar as suas atividades com chave de ouro irá presentear o público com um evento inédito em um dos cartões-postais mais populares de Manaus: o Largo São Sebastião. A Experiência Jazz é uma ação que deseja conduzir o público a uma verdadeira viagem ao mundo de origem do Jazz, de forma poética e completamente imersiva. O lançamento ocorre neste sábado (22), a partir das 17h. O evento é aberto ao público e tem acesso gratuito.
“A experiência jazz celebra a vida de três grandes cantoras de jazz: Billie Holiday, Ella Fitzgerald e Nina Simone. Preparamos um espaço que convida o público a percorrer de forma orgânica e imersiva o período de ouro do Jazz, além de encontrar informações, curiosidades, fotos, registros de uma época que ficou marcada pela voz e personalidade dessas cantoras que carregam consigo a representatividade e potência do jazz”, declara a produtora cultural, Gisa Almeida.
O ‘Experiência Jazz’ segue até o dia 30 de julho, com horário de funcionamento de 17h às 22h, sem a necessidade de inscrição ou agendamento. Todos que passarem pelo Largo poderão ter acesso aos dois contêineres que compõem a atividade.
Além da exposição fotográfica, cada uma das homenageadas da exposição também receberá uma apresentação especial, na voz de grandes cantoras e intérpretes da música Amazonense.
No dia 28, às 19h, Quézia Neves sobe ao palco para interpretar clássicos de Nina Simone, a grande pianista, cantora e ativista norte-americana que foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Escola de Música de Juilliard, em Nova Iorque. A cantora marcou o mundo do Jazz com a canção ‘Mississipi Goddamn’, um hino ativista da cultura negra.
A segunda noite de show, dia 29, é dedicada a Billie Holiday, que ficou famosa pela música-protesto ‘Strange Fruit’. Ela será interpretada pela cantora Amazonense Márcia Siqueira, que está programada para subir ao palco, às 19h.
“Eu tive contato com a Billie Holiday muito cedo, na minha história. Adquiri uns vinis e vieram dois da Billie Holiday. E foi paixão imediata, porque é uma voz diferente, tem uma sonoridade muito particular. Aquilo me chamou muita atenção. Desde aí eu não parei mais de escutá-la”, conta Siqueira.
A cantora já fez um tributo a Billie em 2003, com o espetáculo musical “A grande noite de Lady Day”, dirigido pelo produtor Rizzo Andrade, que foi apresentado no palco do Teatro da Instalação e marcou a carreira da cantora.
“Foi um momento muito marcante pra mim, como cantora, como artista, interpretar e contar a história dessa grande cantora. E estou muito feliz de mais uma vez participar do projeto Cidade do Jazz, desta vez, de uma forma ainda mais especial, para interpretar clássicos eternizados na voz da grande Billie Holiday”, declara a cantora Márcia Siqueira.
Encerrando a programação do Cidade do Jazz 2023,no dia 30, às 18h, teremos uma homenagem à Ella Fitzgerald. A artista escolhida para interpretá-la foi a cantora Aline Fagan. Aline, inclusive, chegou a gravar um clipe para a primeira edição do projeto: a música ‘Summertime’, um clássico na voz de Ella.
A canção faz parte do setlist de Fagan para sua apresentação do domingo (30), que também terá um diferencial: um toque amazônico! O arranjo da música será um mashup com a composição regional ‘Amazonas Moreno’, do grupo Raízes Caboclas. ‘ What a Difference a Day Made’, ‘Cry Me a River’ e ‘All of Me’ também fazem parte do setlist da cantora.
A diretora-administrativa da Fundação Rede Amazônica, Marcya Lira, fala da expectativa de recorde de público para edição atual: “Queremos que esta edição tenha um recorde de pessoas alcançadas, contribuindo para a popularização desse gênero tão importante para o desenvolvimento cultural e econômico da nossa cidade”.
Sobre o Cidade do Jazz
O projeto Cidade do Jazz é uma realização da Fundação Rede Amazônica e tem por objetivo utilizar diferentes linguagens e mídias para celebrar e difundir a arte, levando o gênero musical Jazz à pessoas e comunidades que dificilmente teriam acesso a ele. Ele surgiu como uma proposta de extensão do Amazonas Green Jazz Festival, e tem como finalidade levar a experiência do Jazz para locais não atendidos pelo evento, além de potencializar a difusão cultural e a promoção do ecossistema artístico Amazonense.
