‘Amazônia Diversa e Justa’: a amazonense Vitória Pinheiro representa a América Latina na ONU

Vitória Pinheiro é diretora do ‘Palmares Lab’ e esteve junto com o ator Adanilo; a bacharel em direito Maial Kaiapan; e a mediadora Karina Penha, dialogando sobre estratégias para promover um país mais justo socialmente e ecologicamente responsável.

Durante o Glocal Experience Amazônia, evento realizado em Manaus, no Centro Histórico, durante os dias 26 a 28 de agosto, painéis e palestras tiveram participações representativas para uma Amazônia justa e diversa, com diálogos oferecidos gratuitamente para a população.

No intuito de promover diálogos que pensem a Amazônia de uma perspectiva global, mas com ações que localmente fortaleçam esse ecossistema também com avanços sociais, foram apresentados dados e informações importantes para identificar quem somos enquanto Amazônia em censos quantitativos e também quais lutas esses números apontam.

Vitória Pinheiro é diretora do ‘Palmares Lab’ e esteve junto com o ator Adanilo; a bacharel em direito Maial Kaiapan; e a mediadora Karina Penha, dialogando sobre estratégias para promover um país mais justo socialmente e ecologicamente responsável.

Vitória é amazonense, negra e travesti, moradora do Zumbi dos Palmares, Zona Leste de Manaus. Foi a única brasileira nomeada Ponto Focal da ONU em 2022, ela representa a América Latina atuando na Constituinte de Crianças e Juventudes em Comunidades Sustentáveis. A ONU possui diretrizes como essas para alcançar os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS), Vitória participa da Nova Agenda Urbana para a Região Norte.

“Olhar para essas juventudes que estão aí e para quem está no território, a Amazônia em si é a diversidade. A gente tá num espaço em que tem natureza em abundância e ao mesmo tempo a gente vive numa cidade que está cercada de desigualdades”, pontuou Vitória durante a Glocal Experience.

Ela também deu ênfase ao caráter deliberativo que as experiências entre juventudes na Amazônia podem assumir. “E eu acho que as juventudes são centrais para a gente construir justiça. Então se a gente começa a ouvir quem já está aqui fazendo coisas, seja isso na periferia, seja isso no quilombo ou na aldeia, criar esses intercâmbios pode fortalecer não só essa conexão, mas criar essa justiça que a gente enquanto país precisa”, destaca.

A Região Norte compõe 60% do território nacional, são mais de 30 milhões de pessoas, entre elas 2% são ndígenas enquanto mais de 98% são quilombolas, ribeirinhos, extrativistas e a população urbana. 

Sobre a Glocal Experience Amazônia

A Glocal Experience nasceu em maio de 2022 com sua primeira edição no Rio de Janeiro. O evento retornará à capital carioca no período de 5 a 8 de outubro. Este encontro deverá ser anual e tem a intenção de ser realizado em cada Estado da Amazônia, a exemplo de Boa Vista (RR), que já recebeu uma mini edição do encontro. Em Manaus são 70 horas de conteúdo gratuito e sua programação completa está disponível no site do evento.

A Glocal Experience Amazônia tem o apoio do Governo do Amazonas, Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Secretaria do Meio Ambiente, Navegam e Parque Mosaico; idealização e operação Dream Factory; e realização Fundação Rede Amazônica. 

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