Os pontos cardeais são utilizados para a nossa orientação na superfície terrestre e, da mesma forma, para a localização de objetos, pessoas e lugares, que podem variar desde uma rua, um bairro, uma cidade e até países e continentes
Os pontos cardeais são pontos de referência estabelecidos para orientação na superfície terrestre. Existem 4 pontos: norte (N), sul (S), leste (L) e oeste (O). Além disso, existem as direções intermediárias que são conhecidas como pontos colaterais e sub-colaterais. Para representação gráfica, é chamado de rosa dos ventos.
É possível fazer a identificação dos pontos cardeais de diversas formas, desde a mais antiga, que é pela observação direta dos astros, como o Sol, até a utilização de instrumentos técnicos, como a bússola e o GPS.
Os pontos cardeais são utilizados para a nossa orientação na superfície terrestre e, da mesma forma, para a localização de objetos, pessoas e lugares, que podem variar desde uma rua, um bairro, uma cidade até países e continentes. Esses pontos nos servem de referência para quando vamos nos deslocar de um local a outro e também para identificarmos a posição relativa de elementos que integram o espaço.
Mas, você sabe como surgiram os pontos cardeais? O Portal Amazônia explica.
Os nomes em português e outras línguas europeias remetem, em última instância, ao protoindo-europeu (PIE), língua pré-histórica falada há mais de 3 mil anos que deu origem ao latim, grego, sânscrito e às línguas germânicas.
A direção “Leste” deriva da palavra em PIE que significa alvorada, pois e a direção em que o Sol nasce. Já o “Oeste” se refere à direção oposta, portanto, o período do dia oposto. O termo tem a mesma ideia da palavra “vespertino”e em PIE Wes (vindo do inglês: west) representava “noite”ou “poente.
Ja o Norte vem do PIE Ner que significa “esquerda”, pois, a direção que o Sol nasce, fica a nossa esquerda. Por sua vez, “Sul”deriva da mesma raíz da palavra “Sol”, já que no Hemisfério Norte, o Sol do horário de meio-dia, se posiciona no céu de forma mais “caída”para o sul do que para o Norte, ideia reforçada pelo fato de que outra palavra para Sul é “meridional”, que tem origem latina e também se refere ao meio-dia.
A ideia e os nomes dos pontos cardeais surgiram dezenas, até mesmo centenas de vezes ao longo da história da humanidade, sempre de maneira independente, como uma criação original de cada civilização. Os linguistas sabem disso porque comparam os nomes atribuídos aos pontos cardeais por vários grupos étnicos, de preferência falantes de famílias linguísticas distantes entre si (um único trabalho de 1983 compara 127 idiomas).
Em estudos assim, se sobressaem duas características. Uma é que os pontos cardeais são batizados sempre de acordo com palavras pré-existentes e muito básicas, como “direita” e “esquerda” ou “nascer do Sol” e “pôr do Sol”.
A criação da rosa dos ventos remete à Grécia Antiga, quando determinava a direção dos ventos, ação que originou o seu nome. Séculos mais tarde, navegadores faziam uso dessa técnica com o mesmo propósito no mar Mediterrâneo. Sua composição foi sendo aperfeiçoada gradativamente, e, no período das grandes navegações, houve registros de rosas dos ventos com até 32 pontos de referência.