Projeto mato-grossense ‘Fossil Go to School’ se torna referência após premiação

Escolas da capital e do interior podem receber exposição itinerante que apresenta fósseis, rochas, minerais e réplicas.

Com uma nota quase perfeita, o projeto ‘Fossil Go to School’ – desenvolvido em uma pareceria entre o curso de engenharia de minas da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Instituto Ecossistemas e Populações Tradicionais (ECOSS) e o Museu de História Natural de Mato Grosso – ficou em quarto lugar no ‘Prêmio Boas Práticas do Consórcio Brasil Central’, tornando-se uma referência de excelência no serviço público entre os Estados do Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima e Tocantins.

Com formato de exposição itinerante, o projeto leva fósseis, rochas, minerais e réplicas de fósseis para escolas em cidades e comunidades próximas de importantes sítios paleontológicos e arqueológicos de Mato Grosso, além de escolas de Cuiabá.

Fazem parte da exibição fósseis de diferentes animais já extintos, como trilobitas, mesossaurus e mastodontes; itens de arqueologia pré-histórica, como pontas de lança de pedra lascada e machados de pedra polida, e arqueologia histórica, como ferramentas de cobre, louças europeias e cerâmicas feitas por escravos; e também diferentes tipos de rochas e minerais.

“Usamos esses itens para falar sobre a história do planeta, desde o surgimento do sistema solar, até as extinções mais recentes, o surgimento do homem e o uso de recursos naturais”, explica o professor Caiubi Kuhn, coordenador do projeto.

explica o professor Caiubi Kuhn, coordenador do projeto. 

Foto: Divulgação/Arquivo do Projeto

A exposição foi planejada para ser transportada dentro de uma caminhonete, otimizando os custos e ampliando o alcance da mesma para escolas que estão situadas no interior do estado e na periferia da região metropolitana. Essa característica, de acordo com o professor, torna o projeto ainda mais atrativo para replicação em outros Estados, que é o objetivo da premiação.

“Com certeza o projeto pode ser replicado por outros museus, ou grupos de pesquisas, visando levar outros tipos de acervos científicos para além dos muros da universidade e das instituições museológicas”, completou.

Apesar de não ter sido vencedor do prêmio, a iniciativa alcançou 97 de 100 pontos, empatando com o terceiro colocado, ‘Escola Digna’, do Maranhão. Em primeiro e segundo lugar ficaram os projetos ‘Estudante de Atitude’ e ‘Hackathon Low Code’, com 100 e 99 pontos, ambos de Goiás.

O Prêmio Boas Práticas foi idealizado em 2019, durante reunião da Assembleia de Governadores do Consórcio, com o objetivo de compartilhar iniciativas exitosas a serem replicadas entre os estados. Além da área de educação, são premiados os eixos de Saúde Pública, Segurança Pública, Infraestrutura e Logística, Desenvolvimento Econômico e Social e Gestão Pública e Inovação. 

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