Projeto educacional em RDS no Amazonas trabalha conservação de espécies-bandeira da fauna e flora da Amazônia

As atividades ocorreram em 2023, concentrando-se em interações diretas com membros da comunidade e, este ano, resultarão em produtos educacionais como um baralho e um guia sobre as espécies.

Com o propósito de garantir a conservação da fauna e flora da Amazônia, o projeto ‘Plantando Saberes & Colhendo Florestas’, da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), realizou oficinas sócio-participativas que resultarão, ainda neste ano, em produtos educacionais como um baralho e um guia de espécies-bandeira, mapeadas em comunidades situadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uatumã, no município de Itapiranga (339 quilômetros de Manaus), no Amazonas.

As atividades ocorreram em 2023, no âmbito do eixo ‘Trilhando Espécies’, concentrando-se em interações diretas com membros da comunidade, incluindo crianças, jovens e adultos. O objetivo era identificar as espécies de animais e vegetais predominantes em seus territórios, sensibilizar sobre a relevância de cada uma para o ecossistema e determinar quais seriam as espécies-símbolo, geralmente chamadas de espécies-bandeira. 

Esse termo indica espécies de seres vivos cuja conservação é prioritária e pode servir de símbolo para causas ambientais maiores, como a proteção de um ecossistema inteiro. A proposta faz parte do Programa de Educação para a Sustentabilidade da FAS, em parceria com a Americanas.

Foto: Divulgação/FAS

“A Americanas segue apostando na biodiversidade para a manutenção da floresta e do desenvolvimento das comunidades ribeirinhas. O projeto desenvolvido pela companhia em parceria com a FAS eleva o protagonismo dos povos tradicionais da região, reforçando sua atuação como agentes de proteção da riqueza do bioma amazônico”, afirma Bruna Sabóia, Head de Sustentabilidade da Americanas.

As oficinas reuniram 135 participantes da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Uatumã, com duração total de quatro dias. Um dia foi exclusivamente dedicado às atividades recreativas com crianças e adolescentes, enquanto os outros dias foram reservados para oficinas com jovens e adultos. Durante o evento, foram identificadas 20 espécies, incluindo 10 animais e 10 plantas. Destas, as espécies mais votadas para se tornarem espécies-bandeira foram o tucunaré-açu, tracajá, copaíba e castanheira.

De acordo com a gerente do Programa de Educação para a Sustentabilidade da FAS, Fabiana Cunha, como resultado das atividades realizadas, neste ano estão sendo produzidos materiais didáticos: baralho e guia de espécies. 

Os materiais serão entregues às escolas situadas nas comunidades envolvidas e vão ser disponibilizados em versões online e gratuitas no site da FAS. Esses recursos didáticos têm como objetivo promover o conhecimento sobre a fauna e flora da região, incentivando a conservação ambiental e o respeito à biodiversidade local.

Ao todo, as espécies destacadas foram: Tucunaré-açu; Tracajá; Peixe-boi; Arara Canindé; Anta; Onça-pintada; Tartaruga da Amazônia; Jacaré-açu; Mutum; e Sucuriju. Já as espécies de flora foram: Copaíba; Castanheira; Pau-rosa; Itaúba; Breu-branco; Breu; Andiroba; Pau d’arco; Louro-rosa e Tucumã.

Foto: Divulgação/FAS

Como parte das atividades, também foram mapeadas as tecnologias tradicionais de conservação das espécies que os comunitários utilizam em seu dia a dia, como regras sociais, protocolos de monitoramento já praticados pelas comunidades para conservar algumas espécies. Além disso, durante as oficinas, foi possível sensibilizar os comunitários sobre o papel de espécies para o ecossistema e, principalmente, o bioma Amazônia.

“É importante entender com as pessoas que vivem nas comunidades as espécies-bandeira que eles conhecem no seu habitat e sobre a importância da preservação desses animais para o bem da Amazônia. Um exemplo disso é a onça-pintada, tão conhecida na Amazônia. É um animal que é visto como negativo por matar galinhas dos comunitários, mas é essencial para o ecossistema. Fazer com que as pessoas entendam a importância disso é um dos objetivos do nosso trabalho”, afirmou Iarima Lopes, supervisora do Subprograma de Educação Ambiental.

afirmou Iarima Lopes, supervisora do Subprograma de Educação Ambiental. 

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