Professora do Amazonas é finalista do Prêmio Educador Nota 10; vote

Lúcia Cristina é diretora da Escola Municipal Waldir Garcia e ao mudar a metodologia de ensino e ressignificar o sentido de educação, chegou à nota 7,4 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb-2019), como uma das melhores escolas de Manaus.

“Sonho com o dia em que todas as escolas vivam uma gestão democrática participativa com foco na educação integral e que sejamos mais valorizados como profissionais da educação”.

Lúcia Cristina Cortez de Barros Santos

Diretora da Escola Municipal Waldir Garcia desde 2005, Lúcia Cristina Cortez de Barros Santos é potiguar e o nome que representa o Amazonas na edição deste ano do Prêmio Educador Nota 10. Em 15 anos, a gestora transformou a realidade da escola que comanda, após uma grande evasão de alunos, onde teve que mudar a metodologia de ensino e ressignificar o sentido de educação, chegando à nota 7,4 no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), como uma das melhores escolas de Manaus.
Lúcia Cristina Cortez de Barros Santos, diretora da Escola Municipal Waldir Garcia desde 2005. (Foto:William Costa/Portal Amazônia)

Formada em Letras com pós-graduação em Gestão Escolar pela Universidade Federal do Amazonas, Lúcia é casada, mãe de dois filhos, mora em Manaus há 30 anos e exerce o papel de diretora em escolas da rede priva e pública desde 1994. Segundo ela, ser gestora é um desafio e o mesmo tempo, um aprendizado.

“Primeiro é uma realização pessoal e um aprendizado constante pela diversidade e pluralidade cultural dos atores envolvidos no processo. É um desafio lidar com as dificuldades do serviço público, por isso é importante a inovação como forma de lidar e vencer obstáculos. Tendo como objetivo mudar a escola, melhorar a educação e Transformar vidas”, disse.

Após identificar e reconhecer os problemas que enfrentaria como gestora na Escola Waldir Garcia, que fica no bairro São Geraldo, zona Centro-Sul de Manaus, como evasão escolar, baixos índices de desempenho dos alunos, muitos deles deixando de ir à escola para pedir dinheiro na rua, Lúcia resolveu ressignificar o papel da escola na comunidade e se tornou referência como diretora.

“Ser gestora é um atributo de muita responsabilidade, devemos ser exemplo e protagonista de boas práticas, tendo princípios éticos e democráticos como esteio de formação de liderança para toda comunidade escolar. Eu me vejo como uma agente de transformação na sociedade, pois a escola é um espaço privilegiado de transformação. Estimulo o protagonismo infanto-juvenil para que os estudantes possam mudar suas vidas através da educação. Como disse o Paulo Freire, a Educação não transforma o mundo, mas muda as pessoas e as pessoas transformam o mundo”, disse.

Escola Municipal Waldir Garcia. (Foto:William Costa/Portal Amazônia)

Prêmio Educador Nota 10

O Prêmio Educador Nota 10 foi criado em 1998 pela Fundação Victor Civita que, desde 2014, realiza a premiação em parceria com Abril, Globo e Fundação Roberto Marinho. Reconhece e valoriza professores da Educação Infantil ao Ensino Médio e também coordenadores pedagógicos e gestores escolares de escolas públicas e privadas de todo o país.

“Eu me sinto realizada pelo reconhecimento do meu trabalho realizado ao longo destes anos e feliz por colocar a cidade de Manaus e o Amazonas num patamar de destaque num cenário nacional de Educação”, disse Lúcia sobre a indicação.

Sobre o merecimento, Lúcia ressalta que vencer o prêmio não é só um reconhecimento para si, mas toda a equipe da escola ganha.

“Eu mereço este prêmio por ter implementado um projeto inovador que combate à exclusão e desigualdades sociais, mudou uma escola e alcançou excelentes resultados ao longo destes anos. Quero salientar que este reconhecimento é de toda uma equipe escolar da Waldir Garcia envolvida no processo educacional. Vivo uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade, que garante a todos e a todas o direito de aprender”, pontua.

O projeto finalista coordenado pela gestora é o “Acolher para todos envolver e aprender”, que atua na inclusão de alunos haitianos, venezuelanos, com deficiência e em situação de risco e que são parte da comunidade escolar.

“O projeto assegura o direito de aprendizagem a todas as crianças, sendo que um grande número delas é imigrante. O idioma desafia a inclusão e aprendizagem dos estrangeiros e também a equipe, por isso Lúcia estabeleceu parcerias com a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e o consulado da Colômbia para oferecer um curso de espanhol a estudantes e professores. A escola também tem aulas de francês crioulo ministrado por haitianos. O que respalda as decisões de Lúcia são estudos regulares com toda equipe, as discussões com o time pedagógico da SEMED, as reuniões com pais e responsáveis, as tutorias e a parceria com universidades. Tudo isso faz com que a gestão seja genuinamente democrática e participativa, impactando resultados como o Ideb (7,4 em 2019), ” conforme Maura Barbosa, que é coordenadora pedagógica na área de gestão escolar na Comunidade Educativa CEDAC e selecionadora do Prêmio Educador Nota 10.

Votação e Premiação

Lúcia está entre os 10 finalistas e é a única representante da Amazônia na disputa final. E por chegar a essa fase do Prêmio, já tem garantido um vale-presente no valor de R$ 15 mil, além de um vale-presente no valor de R$ 1 reais para a escola em que foi desenvolvido o projeto e assinatura digital de Nova Escola de janeiro a dezembro/2021.

Se for a escolhida, além dos prêmios da fase anterior, terá mais um vale-presente para si e para a escola. Ainda não foi divulgada a data de entrega dos prêmios.

A votação segue aberta até o dia 27 de outubro. Para votar, clique aqui.

Veja o pedido:

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