“Estou muito feliz. Era isso que eu queria fazer e me esforcei bastante para conseguir alcançar. Agora vou fazer Medicina em uma federal”, comemora. João concluiu o ensino médio na Escola Heloísa Mourão Marques, na capital Rio Branco. Mas a trajetória do agora calouro da Ufac começou na rede pública ainda no primário, quando passou por escolas como Samuel Barreira, Dom Giocondo e Luiza Batista.
“Ele sempre estudou em escola pública, porque, ou eu pagava uma escola particular ou dava um conforto pra ele. Os dois não dava pra fazer. Quando me estabilizei, ele já estava no terceiro ano e foi quando consegui lhe pagar um cursinho pré-vestibular”, explica Jaqueline Santos, mãe do estudante.
O cursinho era uma forma de reforçar o ensino regular. E, por seu alto desempenho, o jovem ganhou uma bolsa de estudos fora do estado, na Escola Farias Brito, em Fortaleza, no Nordeste brasileiro. Lá, ficou por nove meses. E sua vida passou a ser dedicada apenas aos estudos. “Consegui um lugar pra morar em frente ao cursinho, então eu passava o dia inteiro na escola. Quando terminava a aula, ia pra biblioteca e ficava lá”, conta.
De acordo com o estudante, essa era sua rotina diária: “Já cheguei a ficar até 14 horas por dia estudando. Posso dizer que, a partir do momento que decidi que queria fazer Medicina, foram dois anos sem vida social”, sorri, aliviado. Então o jovem voltou pra casa e fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Sempre soube que não era fácil, por isso me preparei bastante”, diz o estudante.
Resultado
A divulgação das notas causou alegria ao candidato: “Quando vi a minha pontuação soube que conseguiria passar nas universidades mais concorridas. Então, coloquei como opção a Ufac e a UFPR, que é uma das dez melhores universidades do país”, diz.
A decisão final para escolher qual universidade ficaria como primeira opção foi tomada nas últimas 24 horas, antes do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) fechar (no Sisu o candidato tem duas opções de universidades e cursos. A primeira opção é considerada prioridade se o aluno for aprovado. A outra é cancelada automaticamente).
De acordo com Jaqueline, o filho decidiu sozinho. “Procurei não interferir na escolha, apenas disse que o apoiaria em qualquer que fosse a decisão. Porque ele sempre foi um menino de ouro, nunca me deu uma dor de cabeça. Desde criança, foi uma bênção. E o pior já tinha passado, pois estava entre os melhores”, comemora a mãe.