Escritor Augusto Cury realiza palestra sobre saúde mental em escola de Manaus

Nesta terça-feira, (3), o doutor em psicanálise e escritor, Augusto Cury, realizou a palestra “Mentes inteligentes, emoções e relações saudáveis”, no Centro Educacional Adalberto Valle. Na ocasião, Cury abordou o grande impacto de informações responsáveis pelo desenvolvimento emocional das pessoas.

Durante a palestra “Mentes inteligentes, emoções e relações saudáveis”, Cury destacou também uma de suas descobertas, a síndrome do pensamento acelerado. “Atualmente, através de um celular, uma criança de sete anos tem mais informações que um imperador romano, no auge de Roma. As pessoas estão sobrecarregando os cérebros, ou seja, isso não é sustentável. Entre alguns sintomas da síndrome estão a fadiga, sofrimento pelo futuro e deficit de atenção”, explicou.

Foto: Israel Uchoa/Amazon Sat

Além de palestras para os convidados, o psicanalista falou sobre a Escola Inteligente, que será implementada na grade curricular do Centro Educacional Adalberto Valle em 2020. “Os alunos aprenderão a pensar antes de agir, dessa forma, eles conseguirão uma mente livre, conseguirão criar empatia pelo próximo, trabalhar as questões de perdas e frustrações, além de empreender, ousar e escrever capítulos mais nobres em seus dias tristes. Espero que os pais acompanhem esse trabalho que será de extrema importância para o desenvolvimento dos seus filhos”, afirmou Cury.

Renome internacional

As obras de Augusto Cury já foram publicadas em mais de 70 países, e ele já vendeu mais de 30 milhões de livros, apenas no Brasil. Em 2016, o best-seller “O Vendedor de Sonhos”, se tornou um filme e ganhou as salas de cinema do país. O psicanalista é autor da Teoria da Inteligência Multifocal, que analisa o processo de construção dos pensamentos. Já o programa Escola Inteligente conta cerca de 300 mil alunos, entre crianças e jovens.

Assim como escrever, uma das paixões de Cury é a leitura. Ele acredita que o mundo vive dias tristes, pois, existe uma intoxicação digital para todas as faixas etárias. “Quando você lê um livro, é capaz de fazer a mais importante das viagens, que é para dentro de si mesmo. A leitura nos traz força, alegria, e até mesmo, aguça o sentido crítico das pessoas”, disse.

Ao Portal Amazônia, o escritor lembrou de uma viagem muito impactante na região. Ele contou que esteve em Ji-Paraná, em Rondônia, e conheceu 70 educadores indígenas que liam suas obras. “Tenho um carinho muito grande pelos povos indígenas. Sinto que eles devem ser respeitados integralmente pela sua cultura, mas também devem ser estimulados a desenvolverem habilidades importantes que são universos”, destacou Cury.

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