Aluno de escola municipal de Belém é medalhista da Olimpíada Brasileira da Astronomia

Imagens de planetas, estrelas, galáxias e satélites no lugar de uma lousa escrita deixam as aulas mais interessantes e estimulam o aprendizado. Este é o caso do Wesley Matheus do Espírito Santo, de 15 anos, aluno do 9º ano da Escola Municipal Walter Leite, localizada no bairro do Mangueirão, que acabou de ganhar sua segunda medalha na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), em Belém.

“Tive muito apoio e orientação do professor Elienae, que nos apresentou a olimpíada e o estudo da área. O interesse começou após a visita da turma ao Centro de Ciências e Planetário do Pará. Me identifiquei muito com o que vi. Tive mais interesse em aprender matemática e ciências. E me dediquei com prazer para fazer a prova da Olimpíada de Astronomia”, contou Wesley.

Foto:Divulgação/Agência Belém

Incentivo

Diversas competições, como a Olimpíada de Astronomia, são apoiadas pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), que desenvolve projetos pedagógicos nas 197 escolas da rede, e ajudam a estimular e aguçar a curiosidade do aluno, tornando a didática mais leve e atrativa aos mais de 70 mil estudantes no município de Belém. A ação é um dos casos de sucesso dessa dedicação no processo de ensino e aprendizagem de alunos e professores da rede municipal.

Olimpíada

A prova ocorreu no dia 17 do mês de maio deste ano, mas o certificado e a medalha chegaram neste mês de outubro em Belém. “A prova possui dez questões, entre objetivas e subjetivas, divididas em dois grupos – seis de astronomia, no qual são abordados temas sobre o universo, estrelas, sistema solar e planetas; e quatro de astronáutica, que abordam temas sobre foguetes, viagens espaciais e cálculos de velocidade – portanto, a olimpíada envolve conhecimentos de Geografia, Ciências, Matemática e História”, explicou o professor de Informática, Matemática e incentivador, Elienae Nascimento.

OBA

A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) é um evento nacional realizado nas escolas brasileiras previamente cadastradas,  desde 1998, pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB). A OBA é um evento aberto à participação de escolas públicas ou privadas, urbanas ou rurais para alunos do primeiro ano do ensino fundamental até aos do último ano do ensino médio.

Foto:Divulgação/Agência Belém

Clube

Cerca de 30 alunos da escola Walter Leite participaram da competição. E ao perceber a empolgação desses alunos, foi criado o “Clube de Ciências e Matemática” da escola, no qual os próprios alunos, integrantes do grupo, reforçam as disciplinas com outros alunos da escola. Essa dedicação já está gerando frutos que são observados no aumento das notas de todos os envolvidos.

“Admiro a paixão desses alunos, o que os leva a ter mais reponsabilidade e serem elementos de multiplicação dentro de uma escola. Wesley foi o único aluno, de uma escola municipal, a representar a rede municipal nessa Olimpíada, que possui reconhecimento em todo território nacional”, acrescentou a diretora da escola, Nilma Machado.

Livro

O envolvimento na preparação da Olimpíada foi tão grande que no mês de fevereiro deste ano, o professor Elienae lançou o livro “No Poema do Sistema Solar – Para Crianças da Terra ou de Júpiter”. Cópias do livro foram doadas para a biblioteca da escola para utilização dos alunos, e outras estão sendo vendidas nas livrarias da cidade.

“Matemática sempre foi minha disciplina favorita, mas ao me interessar pela astronomia, aprendi muito mais sobre física, química e ciências. Acho muito válido as aulas fora de sala, pois contribuem nos nossos estudos, que, às vezes, se tornam cansativos. A astronomia me ajudou a descobrir o universo do aprendizado de uma forma mais divertida, leve e prazerosa”, acrescentou Wesley.

Foto:Divulgação/Agência Belém

Escolas

Outras oito escolas municipais tiveram seus alunos inscritos nas Olimpíadas e todos receberam seus certificados. As escolas são Edson Luis, Sabino Barreto, Terezinha de Souza, República de Portugal, Ogilvanise Moreira de Moura, Abel Martins, Alda Eutrópio e a Escola de Educação do Campo Maria Clemildes.

“Ainda não decidi a minha área profissional, mas tenho certeza que será algo relacionado à astronomia. E também penso na possibilidade de ser um astrofísico. Agora, vou continuar seguindo com meus estudos, focando nas minhas disciplinas favoritas e almejando algo relacionado à astrologia”, disse o aluno medalhista.

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