
MANAUS
– Na contramão da crise que vem, mês após mês, derrubando a produção de diversos setores do Polo Industrial de Manaus (PIM) a fabricação de condicionadores de ar vem registrando alta ano após ano. De acordo com os Indicadores Industriais da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), de janeiro até julho de 2015, por exemplo, foram produzidas 463,4 mil unidades do modelo janela nas unidades fabris do Amazonas, contra 346,2 mil no mesmo período de 2014, números que representam um incremento de 33,84% na produção.
Setor em queda Diante deste cenário, e com a crise econômica do país, o presidente da Eletros admite que mesmo após as boas vendas no início do ano, a projeção do setor é fechar em queda em relação ao ano passado tanto na produção como na venda de aparelhos de ar-condicionado. Para ele, nem mesmo a chegada do verão poderá alavancar os números. “Se houver um calor bastante considerável podemos fechar o ano com um volume de vendas superior ao ano passado. Já os fabricantes da nossa indústria não estão pensando em aumento de produção. Estamos com demissões, diminuição de pessoal. Como em todos os outros setores da indústria estamos vivendo um momento complicado. Seria bom se houvesse uma mudança. Com a alta do dólar, alguns componentes dobraram de preço. Por isso há que se ter preocupação com o futuro. Outubro, novembro e dezembro são meses de boas vendas. Espero que a gente consiga vender”, afirmou.
AM não é comprador
Mesmo com o tempo quente durante todo o ano, Manaus não representa um grande volume de vendas de condicionadores de ar. Lourival Kiçula explica que os principais destinos dos produtos fabricados no PIM são os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. “O Amazonas, evidentemente usa muito o arcondicionado, mas o restante do Brasil é responsável por mais de 90% das vendas”, justificou.
Em 2014, foram fabricadas 869.730 unidades de condicionador de ar de janela ou de parede de corpo, o que representou um faturamento de R$ 598,31 milhões (US$ 250,11 milhões), segundo dados da Suframa. Já os modelos Split faturaram no ano passado R$ 3,82 bilhões (US$ 1,60 bilhão) com 4,63 milhões de unidades produzidas.