Temporários revitalizam vagas perdidas na indústria do PIM

O maior número de admitidos na Indústria de Transformação amazonense em agosto, fez do mês o terceiro melhor em empregabilidade, segundo os Indicadores de Desempenho do Polo Industrial de Manaus (PIM). Com 85.819 empregados no PIM entre efetivos, temporários e terceirizados (quase três mil a mais que o registrado em julho), e abaixo apenas de janeiro (87.775) e fevereiro (86.319), os bons números de agosto parecem ser a volta dos indicadores positivos. Dos setores que mais empregam, o polo Eletroeletrônico (incluindo Bens de Informática) empregou até agosto 31.414 trabalhadores, seguido pelo polo de Duas Rodas, com 14.026 empregados e o Termoplástico com 7.404.
 
Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a comparação entre admitidos e desligados no PIM em agosto foi de 1.188 (3.757 novos postos contra 2.569 demissões), a melhor média do ano que entre janeiro e maio teve mais demitidos que admitidos. Os contratados em junho e julho foram 2.095 e 2.665 (respectivamente) contra 1.775 e 2.392. Mesmo sendo altos, estes números ainda estão distantes de março, que registrou 4.001 demitidos e 2.189 contratados.

Os temporários foram responsáveis em parte pelo bom número de empregos. Foto: Divulgação

Multinacionais e temporários
Os temporários foram responsáveis em parte pelo bom número de empregos, conta o presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) Wilson Périco. “Multinacionais abriram vagas para temporários em eletroeletrônicos e condicionadores de ar. Mas tudo depende de produção e demanda e o mercado anda fraco. Creio não haver mais expectativas para o ano, mas espero que estes números positivos se mantenham até que a produção se estabilize e haja mais entrada no mercado, principalmente o exterior”, conta. 
As reformas políticas e econômicas deram um noivo gás à indústria, o que garantiu as novas vagas, conta Périco. “Após o impeachment, houve a volta da confiança do consumidor e com isso logo a produção volta a ser estável. Ainda há o medo de se perder o emprego, mas o fim de ano sempre representou boas vendas e novas contratações”, disse o executivo. 

Sinal positivo

A expectativa de recuperação econômica também é compartilhada pela superintendente da Superintendência da Zona Franca de Manaus(Suframa), Rebecca Garcia. “Depois de muitos meses, tivemos um resultado positivo na geração de empregos em relação a contratações e demissões. Este é um bom sinal, além de outros que estamos tendo na indústria”, afirmou. “Com certeza, é um momento de otimismo e estamos confiantes de que essa tendência de recuperação poderá se confirmar nos próximos meses”, comenta a superintendente.

Admitidos e desligados

De janeiro a maio, a indústria de transformação amazonense sofreu duros golpes na geração de empregos, mantendo o saldo da relação entre admitidos e desligados sempre em baixa. Em janeiro foram registradas pelo Caged 2.330 admissões contra 3.176 demitidos. Os admitidos em fevereiro foram 2.291 contra os 3.624 desligados e os números foram caindo nos três meses seguintes. Março, abril e maio tiveram 2.189, 1.992 e 2,093 admissõe (respectivamente). Já as demissões nesses três meses foram de 4.001 em março, 3.022 em abril e 2.383 em maio.

Junho foi o primeiro mês do ano a registrar mais admitidos que demitidos (2.095 para 1.775 respectivamente). Em julho os admitidos foram 2.665, frente aos 2.392 demitidos, já agosto teve 3.757 novas contratações e 2.569 desligamentos.
Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pará perde Mestre Laurentino; artista completaria 99 anos em janeiro de 2025

Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

Leia também

Publicidade