Duas empresas, uma de produção de sorvete e outra de raça para animais, foram as primeiras selecionadas para compor o corredor econômico da ZFV de Macapá e Santana. Os empreendimentos vão receber incentivo com isenção do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) por fabricarem produtos que têm como matéria-prima ingredientes da Amazônia.
Juntas, as empresas devem movimentar cerca de R$ 43,5 milhões na economia do Amapá. A expectativa do governo é de gerar quase 400 novos empregos. A partir da industrialização da Zona Franca Verde, o estado é incluído no programa de exportação do Brasil.
“A aprovação dos investimentos visa fazer aquilo que é o propósito e missão do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, que é estimular o crescimento da economia e do setor produtivo das indústrias, mas também das empresas do setor terciário, pois é o setor produtivo, que gera empregos. Esse é o grande desafio do nosso país nessa fase que estamos vivendo”, disse o ministro.
Marcos Pereira destacou o lançamento do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE). A ferramenta objetiva aumentar o número de empresas que operam no comércio exterior, além de promover o crescimento das exportações de produtos e serviços, com ênfase em bens manufaturados, com maior fator agregado. “Também lançamos o PNCE. Esse plano tem três tipos de empresas, entre elas, as que nunca exportaram, outras já exportaram, mas que deixaram de exportar, e empresas que exportam esporadicamente, assim fazer com que exportem mais frequentemente”, explicou.
Para o governador do Amapá, Waldez Góes, o encontro é um momento histórico da economia da Amazônia. O gestor estadual aproveitou a ocasião para assinar o Termo de Doação que transfere um terreno para que a Suframa construa uma sede em Macapá, e, assim, gerencie de perto o corredor econômico da ZFV. A sede regional poderá promover desde qualificação e consultorias, até a identificação de mercados consumidores, para os empreendedores interessados em investir no polo industrial local.
“É um reunião histórica, principalmente para o processo de desenvolvimento do Amapá. Nós obtivemos nesta reunião a aprovação dos dois primeiros projetos para a implantação do processo de industrialização da Zona Franca Verde para produtos de origem animal, vegetal e mineral. E já temos dez empresas habilitadas, prontas para apresentarem projetos para serem avaliados pela Suframa nas próximas reuniões que acontecerão em outros estados”, discursou.
Em dez anos, esta é primeira vez que o encontro ocorre na capital amapaense. De acordo com o superintendente adjunto de planejamento e desenvolvimento regional, Marcelo Pereira, a descentralização não ocorria porque grande parte dos projetos estava mais concentrada no Estado do Amazonas. Além de Macapá e Manaus, as cidade de Boa Vista (RR), Porto Velho (RO) e Rio Branco (AC) estão cotadas para receber as reuniões do CAS em 2017.
“Há nove anos a Suframa não descentralizava esse tipo de reunião. Não era porque a Suframa não queria. É que realmente não tínhamos condições, naquele momento, de sair de Manaus porque boa parte dos projetos estavam lá”, finalizou. As informações são do G1 Amapá.