Produção de bicicletas registra queda no Amazonas

produção de bicicletas no Polo Industrial de Manaus (PIM) registrou queda de 11,5% em 2016 em comparação a 2015.  Segundo a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares  (Abraciclo), no último ano foram fabricadas 669.729 bicicletas, enquanto em 2015 o quantitativo chegou a 757.045  unidades. Os empresários estimam melhores resultados em 2017 com o crescimento nas vendas em resposta às ações implementadas no cenário econômico pelo governo federal e ainda, pela busca de cliente por uma melhor qualidade de vida a partir da prática de exercícios físicos.

Conforme os dados divulgados ontem pela Abraciclo, na comparação mensal, em dezembro de 2016 foram fabricadas  15.245 bicicletas, enquanto em novembro esse saldo chegou a 68+850 unidades. A redução chegou a 77,9%. Em relação a dezembro de 2015, os números apresentaram crescimento de 191,5%.
O gerente da Sense Indústria de Bicicletas da Amazônia Ltda, Joel silva, afirma que devido a empresa estar em fase  de consolidação das atividades no PIM há maior reforço nos investimentos estrutural, em marketing, projetos de  divulgação ação a nível nacional e qualidade dos produtos. Com o resultado, a fabricante contabiliza crescimento nas vendas. A indústria, que chegou a Manaus em 2014 ,contabilizou avanço de 30% na produção de 2016 em relação a 2015. “Estamos em fase de consolidação da marca no mercado local e nacional. O mercado está em retração, mas investimos dentro do que o mercado permite, em marketing e projetos de divulgação no país. Buscamos parceiros estratégicos e procuram os trabalhar um produto com conceito e qualidade”, disse Silva.
As bicicletas produzidas pela Sense são comercializadas em todos os Estados. De acordo com o empresário, nas primeiras semanas de janeiro deste ano as vendas em Manaus registraram crescimento de 100% em relação a dezembro de 2016 .
Trabalham os com o volume produtivo de 3 mil bicicletas ao mês. Estamos tendo boa aceitação ao produto. Acredito que a consolidação está ligada ao diferencial do produto que é a qualidade e ageometria” , afirmou.

Foto:  Walter Mendes/Jornal do Commercio
Na avaliação do vice-presidente da Federação da Indústria do Estado do Amazonas (Fiam) , Nelson Azevedo, o período de retração ainda atinge a todos os segmentos produtivos, inclusive, ao de duas rodas, o que segundo ele, justifica a queda na produção registrada pela Abraciclo.
Azevedo acredita que o investimento do cliente em uma melhor qualidade de vida, com a compra de uma bicicleta para a prática de atividades físicas, deverá contribuir com o crescimento na demanda pelo produto. O empresário também disse que as medidas econômicas adotadas pelo governo federal devem gerar melhores índices no cenário nacional e consequentemente no âmbito estadual. “ Em Manaus já vem os grupos de ciclistas que se reúnem para pedalar. Também vemos lugares onde a prática desse esporte acontece em lugares com o praças e orlas e tudo isso contribui para a compra de um a bicicleta. Porém , o movimento dos ciclistas acontece com maior intensidade em outras regiões do Brasil onde as pessoas utilizam a bicicleta até com o meio de transporte para o trabalho ou escola. Com certeza, após esse período de crise econômica teremos crescimento no volume de vendas desse item ” , considera.

O vice-presidente do segmento de Bicicletas da Abraciclo, João Ludgero, ressalta que no último trimestre de 2016 a associação registrou uma melhora nas vendas, no ânimo dos clientes e na maior demanda por produtos de maior valor agregado. Ele prevê crescimento nas vendas. “ As condições de competitividade do PIM, aliadas aos novos investimentos das associadas e oportunidades de mercado, permitem uma perspectiva de crescimento na ordem de 19 % para este ano”, acrescenta o executivo.

As fabricantes de bicicletas de todo o território nacional exportaram 8.423 unidades em 2016 , correspondendo a um aumento de 27,4% sobre o volume exportado no ano anterior, que havia totalizado 6.613 unidades, conforme dados apurados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) e analisados pela Abraciclo. 

Os três principais destinos das bicicletas brasileiras em 2016 foram : Paraguai, com 4.192 unidades ante 2.960 unidades em 2015; Bolívia, com 2.962 unidades ante 1.19 3 unidades; e Uruguai, com 778 unidades ante 1.500 unidades. A maior variação anual envolveu os volumes exportados para a Bolívia, que evoluíram 148,3 %.

As empresas brasileiras em geral importaram 13 5.153 bicicletas no ano passado, o que significou uma queda de 44,4% em relação ao volume importado em 2015 (243.175 unidades), de acordo com levantamento do Mdic analisado pela  Abraciclo. 
Os três principais fornecedores destes produtos para o mercado brasileiro em 2016 foram China, com 115.841 unidades ante 217.607 unidades no ano anterior; Taiwan, com 11.013 unidades ante 19.197 unidades; e Portugal, com 3.918 unidades ante 947 unidades. O destaque em variação anual foi Portugal, com crescimento de 313,7% nas vendas para o Brasil, de 2015 para 2016.
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