Mesmo com a realização de jogos de futebol das Olimpíadas na Arena da Amazônia em 2016, o Aeroporto Internacional de Manaus registrou queda de 18% na movimentação de passageiros em comparação a 2015. Segundo dados da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuário (Infraero), mais de 2,6 milhões de passageiros embarcaram e desembarcaram na capital amazonense no ano passado contra 3,2 milhões registrados em 2015.
A boa notícia é que para 2017, a projeção no aumento é de 5% no número de pessoas embarcadas e desembarcadas no aeroporto de Manaus. Em relação à movimentação de cargas, de janeiro a dezembro do ano passado foram processadas mais de 116 mil toneladas no Terminal de Logística de Carga (Teca). Já em 2015 esse número chegou a 124 mil toneladas, um recuo de 6%.
Foto: Jamile Alves/Rede Amazônica
Em 2016 foram mais de 2,5 milhões de passageiros chegando e partindo para destinos nacionais, representando uma queda de 13% se comparado ao ano anterior com 2,9 milhões de passageiros domésticos. Quanto ao fluxo de pessoas que embarcaram ou desembarcaram de viagens internacionais em Manaus, a queda foi ainda maior. Segundo a Infraero, 132 mil passageiros com destinos internacionais chegaram e saíram da capital contra 224 mil passageiros internacionais de 2015, um recuo de 41%. “A alta do dólar que se manteve na maior parte do ano acima de R$ 3 e a perda do poder aquisitivo das pessoas por conta da crise econômica, foram os principais fatores para a queda no fluxo de viagens”, avaliou o economista Alex Del Gigilo.
De acordo com o especialista, o cancelamento dos voos diretos de Manaus com destinos internacionais e nacionais contribuíram para uma redução nas vendas de bilhetes aéreos. “Muitos voos deixaram de existir ou diminuíram, mas é importante salientar que isso é resposta para a baixa procura por eles. Em momento de crise as pessoas deixam de viajar e como reflexo para reduzir os custos dos voos, as empresas aéreas reduzem ou cancelam essas opções”, destacou Alex, acrescentando que nos últimos anos além da classe alta, a média também passou a incluir as rotas estrangeiras no pacote de férias da família.
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A presidente em exercício da Associação Brasileira das Agências de Viagens no Amazonas (Abav-Am), Isabel Tavora, reforça que houve redução de malha aérea no país inteiro ao longo de 2016. Ela explica que, essa decisão estratégica das companhias foi para enfrentar o cenário de crise.
“Reduziu-se a oferta para subir os valores das passagens e mantendo assim a demanda. Dessa forma as empresas aéreas puderam cobrir o aumento de custos. Houve diminuição para readequar-se a realidade no Brasil”, comentou. Já na avaliação da representante, após a queda em todos os segmentos econômicos o mercado já está adaptado e o consumidor não abre mais mão de viajar. “Acredito que isso faça parte da cultura das famílias e mesmo que a crise afete as rotas internacionais, elas optam por outros destinos nacionais para aproveitar as férias”, explicou.
Com mais de 30 anos de carreira, Gian Danton consolida posição de Mestre do Quadrinho Nacional entre os principais nomes do país. Título é considerado o mais importante do Prêmio Angelo Agostini.