O hotel Ariaú Tower, instalado nas margens do rio Ariaú, afluente do rio Negro, a 60 km de distância de Manaus, terá seu destino selado na batida do martelo do leiloeiro público Brian Galvão Frota, às 9h, do dia 22 de setembro durante leilão “online” realizado pelo endereço eletrônico. O lance mínimo é de R$ 2,289.954,39 milhões, 50% do valor de avaliação de R$ 4.579.908,78.
Os interessados em arrematar o Ariaú com todas as suas benfeitorias, numa área total de 66.6813 hectares (Matrícula nº 98 do 1º CRI de Iranduba) e fazer a sua proposta também irão poder parcelar pagando 25% à vista e o restante em até 30 meses, corrigidas monetariamente pelo índice do TJAM.
Segundo o leiloeiro Brian Galvão Frota, de acordo com a legislação, o arrematante receberá o imóvel livre de dívidas de impostos, multas ou taxas. Ainda segundo ele, a visitação ao hotel deve ser precedida de autorização judicial. “A forma de pagamento será à vista. Caso não haja propostas, serão admitidas propostas escritas de arrematação parcelada, que devem ser enviadas pelo e-mail brian@amazonasleiloescom.br.
Será necessário sinal não inferior a 25% do valor da proposta, acrescido da comissão do leiloeiro de 5% e o restante em até 30 meses, mediante correção mensal pelo índice do Tribunal de Justiça do Amazonas, prevalecendo a de maior valor, que estarão sujeitas à apreciação do juiz responsável pelo processo. Não há possibilidade de utilização de carta de crédito ou financiamento bancário”, informa o leiloeiro Brian.
O leilão eletrônico será realizado para pagar uma dívida contraída com a BR Distribuidora no valor de R$ 1.5 milhão referentes a ICMS (Imposto Sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), numa ação judicial que tramita há dez anos na 2ª Vara Cível da Comarca do município de Iranduba, da Região Metropolitana de Manaus, onde o hotel está localizado.
Sobre o hotel
O hotel de selva possuía cinco torres, de quatro a sete andares, 186 suítes (mais um alojamento com 40 apartamentos para empregados), restaurantes com capacidade para 200 pessoas, auditório com 400 lugares, um anfiteatro, um mini-auditório para 70 convidados, uma piscina média, um bar e um mini shopping. Os quartos do hotel aliaram a regionalidade amazônica na decoração e conforto nas Máster Real, Imperial, Estelar, Solar e Cósmica, com varandas e closet. Todos os apartamentos eram climatizados.
As torres foram construídas em estrutura de concreto e em madeira de lei e cobertas com alumínio. Existia uma pirâmide usada para meditação. O hotel também contava com oito suítes construídas na copa das árvores chamadas de casa do Tarzan. Eram quatro quilômetros de passarelas com estrutura em concreto e madeira, e dois helipontos, com duas torres de observação. O hotel possuía uma estação de tratamento com capacidade para 1,5 mil pessoas diárias.
O estabelecimento ainda é conhecido pela longa lista de celebridades internacionais que passaram por ele. Nessa relação de famosos estão o então piloto de Fórmula 1, Gilles Villeneuve, o oceanógrafo Jacques Cousteau, o bilionário Bill Gates, o ex-presidente americano Jimmy Carter, entre outros. O lugar já foi cenário de gravações do filme Anaconda e do reality Survivor.