Investimentos crescem no Polo Industrial de Manaus

O Polo Industrial de Manaus (PIM) contabilizou no período de janeiro a agosto deste ano investimentos de US$ 8,1 bilhões. O resultado supera o quantitativo de 2015 quando o montante chegou a US$ 8 bilhões. Como resultado, o polo industrial gera novas vagas de trabalho e sinais de uma leve recuperação, conforme avaliação de economistas e consultores.

Segundo a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o incremento nas exportações também reflete os novos investimentos e o impulso na cadeia produtiva amazonense. De acordo com a superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, o crescimento no volume dos investimentos é justificado pela recuperação na confiança do investidor que voltou a acreditar no desenvolvimento do parque fabril amazonense.
Por outro lado, ela ressalta que o resultado positivo não deve ser considerado como um sinal de recuperação econômica, o que poderá ser evidenciado nos próximos meses. “O aumento nos investimentos depende muito da confiança do investidor. Entendemos que houve sim uma recuperação da decisão do empresário de trazer indústrias ao Amazonas. Mas, não podemos tratar o fato como uma recuperação econômica porque não sabemos se esse resultado foi um caso isolado ou se manterá crescimento nos próximos meses. Logo, ocorre a geração de empregos também”, destaca. “Neste primeiro momento estamos otimistas e temos esperança de melhores resultados quanto à mão de obra para os próximos meses”, completou.Superitendente da Suframa, Rebecca Garcia. Foto: Reprodução/Jornal do Commercio
A superintendente também adiantou que novos projetos estão sendo inclusos na pauta de aprovação para a reunião do Conselho de Administração da Suframa (CAS), o que poderá sinalizar novos investimentos ao parque industrial. A reunião acontecerá no próximo dia 21 de outubro.
Segundo o economista e consultor Hélio Pereira, é preciso ter cautela ao citar que o momento é de recuperação econômica. Ele considera que o crescimento relacionado aos investimentos está ligado a projetos anteriormente programados para ocorrer por meio dos setores industrial e Estadual. “Esses projetos já existiam e estavam aguardando liberação. Cada projeto leva de dois a três anos para ser aprovado para a imple-
mentação”, disse. 
Na avaliação de Pereira, mesmo que o resultado dos primeiros oito meses do ano tenha superado os US$ 8 bilhões contabilizados em 2015, é ilusão pensar que o faturamento industrial alcance o resultado do último ano. “Este ano já encerrou. Não há esperança de recuperação. Boa parte das empresas estão em prejuízo. Acredito que em 2017 a economia deve melhorar e consequentemente a indústria e seus resultados, da mesma forma que a mão de obra”, comentou.
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