Com uma população estimada em 32 mil pessoas, a cidade pode ganhar, nos próximos anos, o Distrito Agroindustrial de Rio Preto da Eva (Darpe), que prevê a geração de 10 mil empregos diretos e 40 mil, indiretos. Fundamentada no agronegócio relacionado à agricultura e pecuária, o Distrito tem a estratégia de integração em rede de negócios baseado no crescimento econômico, por meio da produção agropecuária, fabricação de insumos, processamento, armazenamento, comercialização, distribuição e consumo de produtos in natura e agroindustrializados.
Para o prefeito de Rio Preto da Eva, Anderson Sousa, a criação do Distrito é um marco na implementação de uma matriz econômica pensada para o Amazonas, e a cidade através do governo do Estado e da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) receberá o distrito.
“Em reunião, com o governo e Suframa entendemos que Rio Preto tinha as condições de receber o projeto, implementando o agronegócio, agroindustrias, industria de cosmético, industria de fármacos e em especial o polo cerâmico. Neste sentido, já escolhemos a área, na altura do quilômetro 98, da AM-010, por ser o trecho mais plano. A prefeitura entra com a urbanização da área, a Suframa com a doação das terras e o Governo com a implantação”, adianta o prefeito.
Em portaria, a Suframa criou um Grupo de Trabalho (GT) para dar celeridade a implementação do distrito, enquanto outras empresas já iniciaram o processo de instalação na cidade.
“Conduzido pela Suframa, temos equipes do GT visitando outros Estados para ver modelos de funcionamento de outros Distritos já instalados, principalmente em Goiás. No nosso Distrito serão aéreas de 5 a 50 mil metros quadrados, que serão vendidas e doadas a empresas que vão se instalar em Rio Preto, e uma dessas é a Millenium Bioenergia, que vai industrializar o etanol a partir do milho, fazendo flocos de milho e ração”, ressalta Anderson.
Além da Millenium, outras empresas estarão se instalando no DARPE a partir de novembro deste ano, e a previsão é de que em poucos meses as operações já iniciem.
Sobre as terras onde serão instaladas as industrias, Anderson ressalta que pertencem a Suframa, por isso, o estreitamento e participação do órgão na concepção e implantação do Distrito.
“O Distrito será instalado em uma área ‘Suframada’, pois somos o único município, fora Manaus, que é Suframa. Quando foi decretada a criação da Superintendência, Rio Preto ainda não era cidade, era parte de Manaus, com isso, 63% do território de Rio Preto da Eva hoje, pertence a Suframa. E com isso daremos os mesmos incentivos que a capital dá, agora a diferença será no ICMS, que estamos propondo junto ao governo, um percentual entre 30% e 100%, principalmente nas industrias de alimentos, além de incentivos como ISS, IPTU e Alvará”, pontua.
A expectativa é de que em 2020, o DARPE já esteja funcionando. “Estamos com uma expectativa para que as empresas se instalem a partir de novembro deste ano, e no ano que vem já esteja em funcionamento, e até 2025, queremos estar gerando 10 mil empregos diretos e cerca de 40 mil, indiretos”, finaliza Anderson.
No projeto estão previstos, até 2025, a instalação de 50 agroindustrias, o asfaltamento de 300 quilômetros de ramais na cidade, uma interligação entre a Rodovia AM-010 e a BR 174, para escoamento da produção, além de beneficiar 5 mil famílias de agricultores.
Atualmente, Rio Preto da Eva já possui agroindústrias relacionadas ao processamento de frutas, doces de banana, processamento de ração, fábrica de vinhos, de charque, de farinha de tapioca, temperos caseiros, de colchão, de móveis, de óleo de buriti e um abatedouro de suínos.
ODS
Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) são metas propostas para o mundo através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que busca a erradicação da pobreza, educação de qualidade e a promoção do crescimento econômico sustentável, inclusivo, emprego e trabalho, e segundo o Projeto de criação do Distrito Agroindustrial de Rio Preto da Eva, será atendido com incentivo fiscal, infraestrutura, apoios técnicos, logísticas e com a criação de Centros Tecnológicos de Educação e Formação Profissional.