O comércio amazonense está otimista quanto as vendas para o Dia das Mães deste ano. Considerada a segunda maior data para o setor depois do Natal, a estimativa é que as vendas tenham alta de 2,5%, em relação ao ano passado, segundo entidades de classe. Com isso, a expectativa é de que as vendas do período injetem mais de R$ 128 milhões no comércio local.
Os segmentos de confecção e perfumaria devem ser os presentes mais procurados no período. Entre as apostas dos lojistas para atrair os consumidores, estão a variedade de produtos ofertados, promoções e a flexibilidade na forma de pagamento.
O vice-presidente da Federação do Comércio do Amazonas (Fecomércio), Aderson Frota, projeta um crescimento entre 2% e 2,5%, ante o Dia das Mães de 2016. Segundo ele, o comércio já recorre as formas mais tradicionais para aquecer as vendas. “O cenário econômico ainda não conseguiu dar um sinal de consistência no crescimento, mas os empresários e lojistas se mantêm otimistas com a data e procuram investir em decoração de vitrines, descontos e promoções para motivar os consumidores”, destacou. Esse ano, a celebração será dia 14 de maio.
A Pesquisa de Intenção de Compras da Câmaras de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDLM), também estima um incremento de cerca de 2,5% no volume de vendas, em relação ao mesmo período de 2016. De acordo com o levantamento, o comércio espera arrecadar uma receita bruta superior a R$ 128 milhões dividido nas diversas intenções de compras. O valor é 2,3% maior que os R$ 125,03 milhões previstos no Dia das Mães do ano passado. Já em 2015, a estimativa era de R$ 121,98 milhões. A média de valor do ticket de compra também aumentou de R$ 99,80 para R$ 185 neste ano.
Apesar dos números e a projeção positiva em comparação com o ano que passou, a entidade enumera as possíveis causas para não haver um aumento mais significativo para a data. “A queda do poder de compra dos brasileiros, tendo em vista a escalada do desemprego, e a inflação ainda em patamar elevado, afetaram negativamente o movimento varejista do Dia das Mães deste ano”, afirmou a CDLM.
A pesquisa mostra que os itens com maior intenção de compra entre os entrevistados para a data são peças de vestuário e lingerie com 20%, já 14,1% preferem perfumaria e 0,7% pretendem dar um almoço ou jantar (0,7%). Por outro lado, o estudo da CDLM apresenta, também, o que as mães gostariam de ganhar, e na lista estão: smartphone ou tablet (3,5%), bolsas e acessórios (7,5%), viagem e passeios (2,1%), joias e relógios (6,4%), almoço ou jantar (0,7%) e eletrodomésticos (5%).
Ainda conforme o levantamento, a preferência dos consumidores manauaras em relação às formas de pagamento é liderada pelo pagamento à vista. A maioria tem a pretensão de adquirir o presente para a sua mãe usando dinheiro, um total de 45% dos entrevistados. Na segunda posição, aparece a compra por meio de cartão de crédito, 25%; seguida da aquisição utilizando o cartão de débito, com indicação de preferência de 20% das pessoas entrevistadas. Já a compra de presentes com cartões da própria loja ficou com apenas 10% das intenções na hora do pagamento.
“As pessoas estão mais conscientes que devem comprar à vista, evitando assim o uso de cartões de créditos, pois os juros são acima de 400% ao ano. Além disso, pagar suas compras em dinheiro tem mais vantagem, porque reduz os riscos do consumidor ficar endividado e cair na inadimplência”, destacou o vice-presidente da Fecomércio. Para o representante, o engessamento da econômica do país é resultado da crise política que vem se arrastando com denúncias e investigações.
“A retomada não aconteceu por conta das novas situações que surgiram complicando ainda mais o cenário político. Mas me mantenho confiante que se o governo federal conseguir implementar as reformas anunciadas, o cenário nacional e internacional melhoram com a volta de investimentos, gerando emprego e renda. Acredito que a nossa economia funcione plenamente no segundo semestre, finalizando o ano com uma melhora mais consistente”, comentou Frota.
Mais dados
Segundo a CDLM, 85% disseram que vão presentear a própria mãe e 15% vão presentear a sogra. Desses a maioria, 65%, tem idade entre 25 a 44 anos; 20% tem idade entre 15 a 24 anos; e 15% tem entre 45 a 60 anos. A pesquisa apontou, também, que 70% dos que vão presentear estão empregados no comércio, 15% na indústria; 10% dos entrevistados são empregados do terceiro setor; e 5% são profissionais liberais.
Na hora de comprar, 60% disseram que vão adquirir o presente em shopping, 20% em lojas de departamento, e 10% junto aos lojistas do Centro de Manaus. Os valores gastos ficaram entre: 35% disseram que vão comprar itens entre R$ 50 a R$ 100; 20% deve gastar entre R$ 100 a R$ 150; 10% entre R$ 200 a R$ 250; e 15% acima de R$ 500.