Certificado do Mapa permitirá exportação de carne bovina do Amazonas

Com o reconhecimento nacional de zona livre da febre aftosa, entregue, ontem, (4), pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggio, o Amazonas vislumbra um horizonte promissor para o fortalecimento do segmento de pecuária no Estado. 

O título qualifica o Amazonas a comercializar a carne bovina nos mercados interno e externo, além de dar ao Estado reconhecimento internacional da  Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) previsto para sair em maio de 2018. “Assim como os demais Estados brasileiro, hoje o Amazonas se coloca com a mesma possibilidade de exportação de carne bovina, suína, e outras carnes”, disse o ministro. 

Por meio de convênios, o Mapa já investiu mais de R$ 25 milhões em ações de erradicação da aftosa no Amazonas, nos últimos anos. Só em 2017, foram repassados R$ 3 milhões em vacinas. Para o presidente da  Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), Muni Lourenço,  a condecoração marca o início da diminuição da importação da carne bovina e laticínio de outros Estados. “Não tivesse havido a certificação, os milhares de pecuaristas amazonenses ainda estariam amargando significativos prejuízos financeiros. Sem esse registro a arroba do boi local tinha desvalorização de 20% a 30% dos preços praticados em Estados vizinhos já considerados livre de aftosa”, disse ele.

Foto: Walter Mendes/Jornal do Commercio
Além de oferecer uma melhoria significativa no mercado nacional, com a vacinação, a atividade pecuária terá novas perspectivas de crescimento e uma grande melhoria genética do rebanho amazonense para alavancar a produção em 2018 beneficiando também todo o país, reforçou Lourenço. “Essa grande conquista, tão esperada pela classe pecuária amazonense, é também importante para o Brasil que tem na carne bovina um dos seus principais produtos da pauta de exportações”, destacou. 

Ânimo para criadores

Segundo o pecuarista e presidente do sindicato rural do Careiro da Várzea, Ademar Hortêncio, a nova titulação do setor vem trazer ânimo para os criadores de gado por agregar um valor maior de mercado e consequentemente mais gerações de emprego e renda para o homem do campo. “Agora podemos produzir e trabalhar com mais qualidade. Isso traz um grande benefício porque nos dá autonomia de poder produzir mais e exportar. De um certo modo é um grande passo para o setor porque o Estado terá maior poder produtivo, animais com genéticas melhores e mais oportunidade para pessoas trabalharem”, disse.
Segundo a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), o Amazonas tem hoje um rebanho de 1.136.232 bovinos e 74.277 bubalinos, num total de 1.210.509 animais com 12.372 produtores. Segundo dados da Secretaria de Produção Rural (Sepror), foram vacinados cerca de 1,2 milhão de cabeças de gado no Amazonas. O rebanho da região Norte atualmente soma 48 milhões e 240 mil cabeças, entre bovinos e bubalinos.
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