Amazonas tem déficit de US$ 7,81 bilhões

MANAUS – De janeiro a novembro, a Balança Comercial amazonense registrou deficit de US$ 7,81 bilhões, segundo números divulgados pelo Mdic (Ministériodo Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior). O total das exportações amazonenses nos onze meses de 2015 somou o montante de US$ 724,96 milhões, o que representa um decréscimo de 17,81%. Enquanto isso, as importações, também em queda (-29,93%), foram responsáveis pela movimentação de US$ 8,53 bilhões no mesmo período. O principal produto amazonense para exportação, com 36,41% de participação, continua sendo as preparações para a elaboração de bebidas, responsável por um faturamento total de US$ 263,97 milhões entre janeiro e novembro. O produto foi o único entre os oito principais itens de exportação do Estado a apresentar alta nas vendas externas (+10,46%). Em seguida, aparecem motocicletas até 125 cilindradas, com participação de 13,53% e faturamento total de US$ 98,08 milhões (-29,01%); aparelhos de barbear não elétricos, com 5,81% das vendas e US$ 42,10 milhões em faturamento (-45,25%); e lâminas de barbear, que respondem por 5,69% das exportações e faturamento de US$ 41,28 milhões (-11,60%). A maior queda nas exportações no acumulado do ano, no entanto, com um recuo de 54,82%, ficou com os televisores em cores, que hoje representam 2,40% das exportações e faturamento de US$ 17,36 milhões.Entre os principais destinos dos produtos industrializados no Amazonas aparecem, respectivamente, a Venezuela (US$ 189,37 milhões), a Argentina (US$ 154,13 milhões), Colômbia (US$ 73,54 milhões), Estados Unidos (US$ 44,53 milhões) e México (US$ 37,03 milhões).Já os principais produtos importados pelo Estado sofreram quedas nas compras. O principal deles, Partes para Aparelhos Receptores de Radiodifusão e Televisão, registrou quedas de 32,33% nas compras pela indústria, e foi responsável pela movimentação de US$ 1,77 bilhão entre janeiro e novembro de 2015. Outros produtos relevantes importados pelo Polo Industrial de Manaus cujas compras registraram quedas neste ano foram: Partes para Aparelhos de Telefonia e Telegrafia (-24,63%), Microprocessadores (-41,56%), Partes e Acessórios de Motocicletas (15,50%) e Unidades De ArCondicionado (-16,85%).Responsável por 40,57% de todas as importações feitas pelo Amazonas, a China foi responsável pela venda de US$ 3,46 bilhões em produtos ao Estado nos 11 meses de 2015. O volume de vendas, porém, foi 25,90% menor que o registrado no mesmo período de 2014. Outro importante parceiro comercial do Amazonas, a Coreia do Sul, também registrou uma retração nas vendas para o Estado (-58,52%), bem como os Estados Unidos (-29,75%). Grupo discutirá exportação como alternativa no PIMApós a divulgação dos números da produção industrial amazonense em outubro, que com uma queda de 20,6% em relação ao mesmo mês do ano passado colocou o Estado como o pior desempenho entre 15 locais pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a superintendente da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) Rebecca Garcia poderá anunciar oficialmente, já na próxima semana, a criação de um Grupo Permanente da Zona Franca de Manaus dentro do Mdic com o objetivo de elaborar alternativas para o modelo, incluindo a possibilidade de exportação de insumos produzidos dentro do PIM (Polo Industrial de Manaus).De acordo com a Superintendente, a expectativa é de que o anúncio da criação deste grupo aconteça durante a próxima reunião do CAS (Conselho de Administração da Suframa), que está confirmada para a próxima quinta-feira (17).“No momento mais imediato é o que podemos fazer para resolvermos esses números negativos tão impactantes. Sabemos que estamos vivendo um momento complicado na economia, mas sabemos também que não será o primeiro nem o último. Por isso queremos tentar prevenir para que, no futuro, o PIM não passe pelos mesmos problemas de agora”, informou Rebecca. De acordo com a assessoria da autarquia, a minuta de portaria para a criação do grupo elaborada pelo Mdic ainda está sob análise dos dois órgãos. “Penso que a criação desse grupo de trabalho é uma demonstração clara do quanto o Ministério está comprometido com esse modelo. A minuta ainda será analisada e discutida pela Suframa, mas com certeza representa um passo inicial de muita importância para viabilizarmos os avanços almejados”, observou Rebecca. O Conselheiro Consultivo doCorecon/AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas), Jose Laredo, defende que as exportações do PIM devem ser uma meta a ser alcançada, seja em tempos de crise ou em tempos de crescimento econô mico. Para o economista, as negociações em dólar oferecem uma maior segurança para os investidores industriais. “A exportação é uma válvula de escape para o escoamento da produção, quer em período de crise ou de bonança. Toda a receita estimada em dólar, como moeda forte que é, deve ser priorizada e estimulada”.
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