Superando obstáculos: paratleta amazonense acumula mais de 40 medalhas de atletismo

Richard Miguel, de 14 anos, é diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e vem rompendo barreiras graças ao esporte e ao apoio familiar.

Enfrentar barreiras. Treinar, superar obstáculos, vencer. A vida de um atleta é ter força frente às adversidades, é se esforçar para ser o melhor que se pode ser. No caso dos paratletas, a superação destas adversidades pode ser ainda mais significativa, já que mesmo frente a limitações, estes competidores conseguem se destacar nas mais distintas modalidades.

Um dos paratletas que tem acumulado medalhas apesar da tenra idade é Richard Miguel, competidor de atletismo. Com apenas 14 anos de idade, o amazonense já detém 44 medalhas, conquistadas em campeonatos regionais, nacionais e internacionais. O Portal Amazônia conversou com Raquel Costa da Silva, mãe de Richard, para entender a influência do esporte na vida do rapaz. 

Richard Miguel, medalhista das paraolimpíadas escolares. Foto: Raquel Costa/Acervo Pessoal

Esporte em desenvolvimento

A vida esportiva de Richard começou há pouco tempo, aos 12 anos de idade e, inicialmente, a intenção de seus pais era que ele pudesse ter mais interações sociais. 

Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) aos 2 anos, Richard sempre teve como principal dificuldade no seu desenvolvimento a comunicação.

“Aos 12 anos decidimos colocá-lo em algum esporte no qual ele pudesse interagir e trabalhar essa questão. Quando perguntei se ele queria praticar algum, ele disse ‘mãe, quero fazer atletismo, quero correr'”, relata Raquel .

O atleta, de 14 anos, já acumula 44 medalhas. Foto: Raquel Costa/Acervo Pessoal

O interesse pelo atletismo surgiu em uma aula de educação física, após o professor do colégio explicar as diferentes modalidades esportivas. 

Logo depois do contato inicial com o atletismo, ficou claro que as barreiras não existiam na pista de corrida. Seu treinador, junto a família, incentivou-o a iniciar uma jornada nas competições, inicialmente à nível regional, mas logo alcançando disputas até mesmo internacionais.

O esporte mudou outros aspectos da vida de Richard, que além de melhorar cada vez mais nas pistas, vêm, pouco a pouco, superando suas dificuldades comunicacionais e interacionais, segundo a mãe. 

“Como mãe posso dizer que a cada dia ele tem superado suas dificuldades através do esporte e de todo apoio familiar que recebe”,

assegura.

Mesmo com os percalços, de acordo com Raquel, o jovem atleta se envolve com cada vez mais atividades e competições e, quem sabe, conquistar mais medalhas. Para além das corridas, ele também se interessa por xadrez, matemática e jogos eletrônicos.


*Estagiário sob supervisão de Clarissa Bacellar
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