Artistas da região norte integram Festival Se Rasgum ‘Music In The Table’

O evento online gratuito voltado para criativos irá contar com workshops, masterclass, debates e entrevistas com grandes nomes da música

O tradicional Festival Se Rasgum este ano vai promover o ‘Music In The Table’ com um formato diferente dos anos anteriores, em virtude da pandemia causada pelo novo coronavírus. Muitos artistas precisaram se reinventar para se adaptar ao momento atual. Os bastidores desses novos trabalhos e as mudanças impostas pela crise da Covid-19 serão temas das entrevistas com especialistas na cobertura do cenário musical brasileiro.

O lado “world music” da música produzida na Amazônia não é novidade. No caso do Pará, por exemplo, músicos como Nazaré Pereira, Nilson Chaves, Vital Lima foram os pioneiros nesse processo de misturar as influências globais e o sotaque paraense já na década de 1980. Todavia, a evidência que a guitarrada, o carimbó, o brega e o tecnobrega vêm tomando nos últimos tempos acaba não dando o merecido destaque a diversidade musical da região Norte, que vai muito além do folclore. 

Foto: Diogo Soares/ Reprodução Clip

 O debate “Independência ou Norte: a Amazônia legal dentro da música brasileira” irá reunir nomes locais como Luciana Simões, produtora do Festival BR 135 (MA); Ná Figueredo, do Selo Ná Music (PA); e a cantora Anne Jezini (AM); além do cantor Diogo Soares (AC) na mediação. A discussão irá girar em torno de como a região Amazônica vem sendo percebida pelo olhar de fora e como reafirmar o nosso espaço sem nos render aos lugares comuns impostos pelo mercado.

Nos últimos anos esses artistas, em sua maioria jovens que reafirmam sua identidade através de sua arte, começaram a chamar a atenção pela criatividade de suas produções, que se apropriam de gêneros como rap, rock, pop, MPB, forró, música eletrônica, metal, reggae, e outras variadas fusões de estilos, para propagar a sua cultura tradicional.

No painel “Música indígena contemporânea: resistência cultural, visibilidade e ocupação de espaços no mercado musical brasileiro”, artistas indígenas irão contar através de suas carreiras sobre como combatem estereótipos e usam a arte para trazer mais atenção para suas causas. Antes fora do radar do circuito comercial, a música indígena contemporânea vem conquistando novos espaços na cena independente nacional e internacional.

Segunda-feira (26/10)

18H – Workshop “Carreira e remuneração na música”, com Dani Ribas.
20H – Leonardo Lichote entrevista Adriana Calcanhotto.

Terça-feira (27/10)

18H – Workshop “Carreira e remuneração na música”, com Dani Ribas.
20H30 – Painel “Música indígena contemporânea”.

Quarta-feira (28/10)

20H – Debate “Independência ou Norte”.

Quinta-feira (29/10)

18H – Workshop “Música, Tecnologia & Inovação”, com Leo Feijó.
20H – Debate “Onde dou o play?”.

Sexta-feira (30/10)

18H – Workshop “Música, Tecnologia & Inovação”, com Leo Feijó.
20H – Kamille Viola entrevista Virginia Rodrigues.

Sábado (31/10)

16H – Masterclass “Música para games”, com Bettina Calmon.

Foto: Anne Jezini/Divulgação

Como acompanhar

A semana de formação voltada para o fomento da economia criativa da região e, agora do Brasil todo, irá ao ar no canal de TV oficial do Festival no YouTube (YouTube/serasgum). As atividades de workshops e masterclass terão inscrições pelo site Sympla (www.sympla.com.br) com transmissão pelo aplicativo de videoconferência Zoom (zoom.us).

Para ver a programação completa do MITT e detalhes para inscrição de cada evento, acesse o site do evento: www.serasgum.com.br. 

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