Festas juninas: conheça os arraiais que agitam as capitais da Amazônia

A Amazônia é um lugar rico em diversidade, o que reflete também em suas festas juninas, que podem incorporar elementos indígenas, afro-brasileiros, entre outros.

Na região amazônica, a Festa Junina pode ter algumas peculiaridades e características próprias, refletindo a cultura local e as tradições regionais, mas também pode incorporar elementos indígenas, afro-brasileiros e outros elementos culturais da região. 

A equipe do Portal Amazônia encontrou algumas delas que são populares e tradicionais entre os amazônidas. Confira: 

Circuito Junino (Rio Branco – Acre)

Em Rio Branco, o Circuito Junino é uma das principais manifestações culturais da cidade, reunindo grupos de quadrilhas juninas de diversos bairros da capital acreana. Um dos objetivos da festa é valorizar as tradições juninas, dando ênfase à expressão do folclore, da dança, da cultura e das comidas regionais. Desde 2019, as festividades acontecem na Casa da Cultura – Quadrilhódromo com a competição entre 10 quadrilhas como principal atração, promovida pela Fundação Garibaldi Brasil e Liga de Quadrilhas Juninas do Acre. Cada quadrilha junina leva para a Arena dos Folguedos uma temática diferente e realizam 50 minutos de apresentação cada.

Circuito Junino. Foto: Divulgação/Prefeitura de Rio Branco

Arraiá du Mercado Centrá (Macapá – Amapá)

O caçula das festividades juninas na Amazônia, o ‘Arraiá du Mercado Centrá’ foi criado pela Prefeitura de Macapá para esquentar a economia local. Em 2023 o evento é realizado pela segunda vez celebrado em três dias, geralmente do mês de junho, sendo o último dia dedicado à apresentação das quadrilhas vencedoras e uma atração nacional. As festividades acontecem no Mercado Central, localizado na Rua Cândido Mendes – Perpétuo Socorro, Macapá. A entrada é franca. 
Foto: Divulgação/Prefeitura de Macapá

Arraial do CSU (Manaus – Amazonas)

Se tem uma coisa que a população manauara espera são as festividades do ‘Arraial do CSU’, que conta com uma programação com diversas atrações além das quadrilhas, cirandas, parque de diversões e comida regional. O evento, que inicia no mês de junho, segue até julho com programação diária. O nome é uma forma abreviada e mais popular do local onde o evento é realizado, o Centro Social Urbano (CSU) do bairro Parque 10, na Zona Centro-Sul de Manaus. A entrada é franca.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Manaus

Arraial de Belém (Belém – Pará)

O paraense também curte uma folia junina, não é mesmo? A prova é o Arraial de Belém, promovido pela Prefeitura, em pontos diversos da cidade. O Arraial de Belém reúne atividades culturais, com shows, danças e, claro, o concurso de quadrilhas. A programação se estende comumente pelo mês de junho e a entrada é gratuita.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Belém

Boa Vista Junina (Boa Vista – Roraima)

Considerado o maior arraial da Amazônia, o Boa Vista Junina acontece na segunda quinzena do mês de junho, na Praça Fábio Marques Paracat, localizada na Avenida Ene Garcês. A festa possui o tradicional concurso de quadrilhas juninas, e claro, a distribuição da maior paçoca do mundo, além de outras comidas típicas e atração nacional. Ao todo, são seis noites de evento com entrada gratuita.

Foto: Isabelle Lima/Portal Amazônia

Arraial Flor do Maracujá (Porto Velho – Rondônia)

A primeira edição do Arraial Flor do Maracujá aconteceu em 1983 e até hoje mantém a tradição da festa folclórica junina com apresentações de grupos de quadrilhas e bois-bumbás da região. A festa, que antes acontecia em quadras de esportes de escolas de Porto Velho, praças, ruas, quintais e outros locais menores, desde 2015 acontece no Parque dos Tanques, na Capital. É reconhecido como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Estado de Rondônia, pela Lei nº 4.635, sancionada em 31 de outubro de 2019. 

Seu nome é uma homenagem a uma das primeiras quadrilhas que se tem notícia em Porto Velho, a Quadrilha Flor do Maracujá, organizada por Joventino Ferreira Filho, morador no Bairro do Triângulo, na década de 50. As damas embelezavam seus cabelos com as flores de maracujá, que ali existiam em abundância na época junina.

Foto: Leandro Morais/Secom/RO

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