Espetáculo “E Nós Que Amávamos Tanto A Revolução” entra em temporada de apresentações presenciais

Obra assinada pelo Grupo Jurubebas será apresentada de 10 a 21 de dezembro, em todas as zonas de Manaus

O espetáculo “E Nós Que Amávamos Tanto A Revolução”, do Grupo Jurubebas, inicia o circuito gratuito de apresentações a partir do dia 10 de dezembro e segue até 21 de dezembro nos espaços culturais Uatê, Casa de Artes Trilhares, Casa Teatro Taua Caa, Casarão de Ideias e na sede do Grupo Jurubebas.

Para o ciclo presencial a peça, cujo elenco é formado pelos atores Jorge Ribeiro, Nícolas Queiroz e Raiana Prestes, agora integra um novo ator à sua trama: Gabriel Lummertz. “O espetáculo seguirá dois formatos: o habitual, com as referências mantidas da primeira versão apresentada na temporada; e uma mais curta e contemporânea. Jorge Ribeiro e Gabriel Lummertz dividem o mesmo personagem na obra. Cada um dos atores vai apresentar a sua versão do grande vilão da trama”, aponta o diretor do espetáculo, Felipe Maya Jatobá.

Foto: César Nogueira

Enredo

O espetáculo conta a história dos primos Wlad (Nícolas Queiroz) e Stuart (Jorge Ribeiro/Gabriel Lummertz). Após a morte da avó Angélica (Raiana Prestes), eles descobrem ser de uma família dividida por ideais políticos diferentes, e com isso, há um grande segredo – relacionado ao período da ditadura militar no Brasil. A partir disso, o Grupo Jurubebas busca causar reflexões por meio da polaridade política.

“Estamos vendo um Brasil dividido pelos diferentes ideais de nação e muitas famílias divergindo sobre o mesmo tema, fragilizando ainda mais essas relações afetivas. A partir desse princípio, buscamos integrar ao nosso discurso a polarização política histórica, que ocorreu também no período da ditadura militar no Brasil”, comenta Felipe.

Em um momento de fortes debates políticos, a importância de falar sobre o tema se justifica, conforme o diretor. “Cazuza em suas canções já trazia ‘Ideologia, Eu quero uma pra viver’. Assim, a juventude se encontra atualmente vivenciando momentos históricos e que marcam uma verdadeira revolução no pensamento crítico e construção dessas ideologias. ‘E Nós Que Amávamos Tanto A Revolução’ torna-se ainda mais necessária dentro de um contexto eleitoral, onde candidatos defendem seus ideais em busca de uma Manaus que atenda às necessidades da população”, diz ele.

Jatobá destaca ainda que o teatro, além de artístico, é político. “O nosso espetáculo surgiu dentro desses contextos históricos: uma pandemia global, teatro virtual se popularizando nas redes, um País dividido entre duas ideologias e suas ramificações; e um futuro incerto, momento que historicamente se revela como um grande impulsionador de criatividade”, acrescenta.

Foto: César Nogueira

Espaços físicos

Pela primeira vez, a obra contará com público presencial. E algumas adaptações serão feitas até na própria encenação, para que o espectador sinta-se seguro e confortável antes, durante e após a experiência teatral.

“Uso de EPI’s e distanciamento entre lugares que poderão comportar somente 50% da capacidade de público também serão respeitados, como forma de combate à disseminação do novo coronavírus. Serão experiências novas que proporcionarão diversas mudanças em signos importantes e que terão uma releitura para não comprometer o corpo do trabalho artístico, mas também cultivar a volta do público para esses espaços que serão visitados pela circulação”, afirma Felipe.

Um dos objetivos com a circulação da obra, aliás, é fomentar a volta dos espaços culturais que foram prejudicados durante a pandemia. “O retorno do espectador a esses espaços é de fundamental importância para a subsistência deles. É onde ‘E Nós Que Amávamos Tanto A Revolução’ entra, integrando a programação cultural das seis zonas de Manaus”, finaliza Jatobá.

Apoio

O espetáculo foi contemplado pelo “Prêmio Manaus de Conexões Culturais 2020 – Lei Aldir Blanc”, da Prefeitura Municipal de Manaus com recursos advindos da Lei Emergencial Aldir Blanc, através da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

Programação

10 e 11 de Dezembro – 20h – Sede do Jurubebas – Rua Comandante Norberto Von Gal, 178, Bairro da Paz

12 e 13 de Dezembro – 20h – Casa de Artes Trilhares – Rua Belo Horizonte, nº 1408, no bairro Adrianópolis

14 e 15 de Dezembro – 16h – Centro Cultural Sidney Cerdeira – Rua São Pedro, no bairro Coroado II

16 e 17 de Dezembro – 21h – Casarão de Ideias – Rua Barroso, nº 279, no Centro

18 e 19 de Dezembro – 20h – Casa Teatro Taua Caa – Rua Santa Eliana, nº 130, no bairro Santa Etelvina

20 e 21 de Dezembro – 20h – Espaço Uatê – Avenida Rodrigo Otávio, nº 1381 , no bairro São Lázaro

Publicidade
Publicidade

Relacionadas:

Mais acessadas:

Pará perde Mestre Laurentino; artista completaria 99 anos em janeiro de 2025

Natural da cidade de Ponta de Pedras, na Ilha do Marajó, ele era conhecido como o roqueiro mais antigo do Brasil.

Leia também

Publicidade