Curso analisa povos originários da floresta que viveram na pré-história do Acre

Os participantes aprendem mais sobre a história dos povos originários que habitaram no Acre por milhares de anos e não deixaram documentos escritos, mas símbolos, geoglifos, cerâmicas, etc.

Conhecer mais sobre o período pré-história da capital Rio Branco, do Acre e da Amazônia através dos símbolos, geoglifos e da arqueologia. Esse é o objetivo do curso ‘Pré-História de Rio Branco e do Acre – Aquiry: povos construtores e paisagens míticas e culturais’, que ocorre no Teatro Arena do Sesc, na capital acreana.

Os participantes aprendem mais sobre a história dos povos originários que habitaram no Acre por milhares de anos e não deixaram documentos escritos, mas símbolos e artefatos encontrados pelos historiadores e que ajudam a contar um pouco as origens do Estado acreano.

Foto: Diego Gurgel/Asscom Rio Branco

 As aulas são ministradas pelo historiador e arqueólogo Marcos Vinicius Neves em três dias. O primeiro encontro ocorreu em 25 de novembro e os próximos estão marcados para terça-feira (29) e quarta-feira (30), das 13h às 17h.

“É voltar na história, dar conta de um período que nem sempre é trabalhado pela falta de documentação. A história do Acre é muito recente, o que os livros e historiadores falam é muito recente, só que é uma história muito mais antiga. Os documentos antigos não dão conta porque não tinha escrita. Então, está voltando nesse tempo através da arqueologia”, explicou a historiadora e presidente do Conselho Estadual e Cultura do Acre, Flávia Burlamaqui.

Um grupo de 26 pessoas participa do curso. Os inscritos são guias de turismo, estudantes do curso de história da Universidade Federal do Acre (Ufac) assessores pedagógicos e o público em geral.

Foto: Arquivo pessoal/Flávia Burlamaqui

Flávia disse que a primeira aula abordou as teorias, cronologias temporais na arqueologia, nos documentos, pedras, cerâmicas e escritas. O próximo encontro será para falar sobre Amazônia.

“O Marcos vai falar sobre a história da Amazônia através da arqueologia e a experiência que tem aqui em escavações, nos geoglifos, os cursos que já escreveu porque é uma ciência que procura muito exatidão, então, está explicando pra gente como se chega a uma certeza, a uma teoria através da arqueologia, que não é tão simples”, destacou.

O curso tem duração de 12 horas e terá entrega de certificados no final. “Depois vamos ter uma disponibilidade on-line para dúvidas. Na hora do curso vem aquele monte de ideias, informações e, às vezes, depois é que vamos refletir e as perguntas e questões vem”, finalizou.

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