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Sábado, 27 Abril 2024

Chapéu de Palha, Baixa da Mucura e Vacaria: saiba a origem dos nomes curiosos de alguns locais de Macapá

Igarapé das Mulheres, no bairro Perpétuo Socorro, era lugar onde as moradoras lavavam roupas. Foto: John Pacheco/Rede Amazônica

Baixa da Mucura, Vacaria, Morro do Sapo, Poço do Mato, Chapéu de Palha, Largo dos Inocentes e Favela. Difícil de reconhecer? Esses são os nomes populares de alguns locais em Macapá (AP) guardados na memória de muitos moradores, com forte apelo sentimental. 

Os nomes desses lugares guardam histórias curiosas. Alguns, apelidados pelos próprios moradores no passado, permanecem vivos na memória recente, lembrados com saudosismo. Confira:

Favela 

O bairro Santa Rica, por exemplo, por muitos anos ficou conhecido como 'Favela'. O nome foi dado pelos trabalhadores da Icomi que chegaram na cidade nos anos 50. Na época, as avenidas de Macapá eram inclinadas e eles diziam que parecia uma favela.

Bairro Santa Rita, antiga Favela, em Macapá. Foto: Rita Torrinha/Rede Amazônica

Baixa da Mucura 

A Baixa da Mucura, no final da Rua Cândido Mendes, levou esse nome porque ali era o estacionamento de carroças que faziam o transporte de mudanças. E um dos carroceiros se chamava 'Mucura'. Esse pode ser um dos motivos do local ter recebido este nome tão diferente.

Poço do mato 

No Blog Porta Retrato, que destaca partes da história do ex-Território Federal do Amapá e do povo que vive ou viveu no Estado, o jornalista João Lázaro conta sobre esse lugar.

O poço fica onde sempre foi, no meio da Avenida Padre Manoel da Nóbrega, entre as ruas General Rondon e São José, atrás do terreno da Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa).

Poço do Mato fica no bairro Laguinho, em Macapá. Foto: Rita Torrinha/Rede Amazônica

No resgate da história, Lázaro conta que o Poço do Mato foi construído em 1864 para fornecer água aos moradores do bairro Laguinho. Foi o primeiro sistema de abastecimento de água da cidade de Macapá.

Em 1993, um projeto de lei declarou o poço monumento de interesse cultural da cidade e, atualmente, existe até uma associação que cuida do espaço, realiza festas e encontro de amigos.

O poço foi fechado, não fornece mais água, e no lugar foi construído um memorial, com caramanchão, banco em concreto e até iluminação.

Chapéu de Palha 

O lugar fica na Avenida Padre Júlio, no perímetro entre as ruas Santos Dumont e Hildemar Maia. Ali, o comércio sempre foi forte, e o apelido é referência a um dos comerciantes.

Vacaria 

Onde hoje é a rampa do Santa Inês, há 60 anos era uma pequena fazenda da família Barbosa e ficava longe do perímetro urbano. Ali havia uma criação de gado, era tudo fazenda, na beira do rio. Por esse motivo, o local recebeu este nome tão peculiar.

Vacaria do Barbosa era onde hoje é a rampa do Santa Inês, na orla de Macapá. Foto: Carlos Alberto Jr/Rede Amazônica

Morro do Sapo 

No final da Rua São José, subindo a Avenida Nações Unidas, no limite entre os bairros Centro e Laguinho, surgiu um time de futebol campeão, Flamenguinho, no Morro do Sapo, que tinha paixão pelo Flamengo, do Rio de Janeiro. De acordo com moradores da região, o nome é autoexplicativo, já que havia muitos sapos no local.

Morro do Sapo, no limite entre os bairros Centro e Laguinho, em Macapá. Foto: Rita Torrinha/Rede Amazônica

Igarapé das Mulheres 

O título da música do poeta Osmar Júnior homenageia as bravas mulheres que, de sol a sol, dia a dia, iam para a orla da cidade, na praia, lavar cestos cheios de roupas sujas.

O Igarapé das Mulheres, no bairro Perpétuo Socorro, que hoje sofre com o assoreamento, foi lugar de encontro de dezenas de lavadeiras. 

Igarapé das Mulheres, no bairro Perpétuo Socorro, era lugar onde as moradoras lavavam roupas. Foto: John Pacheco/Rede Amazônica

*Com informações da matéria escrita por Rita Torrinha, acervo do g1 Amapá

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