‘As Aventuras de Matilda – O Musical’ estreia no Teatro Amazonas

Espetáculo da Cia Trilhares será apresentado na próxima segunda-feira (30) às 16h e 19h30

Na próxima segunda-feira (30) às 16h e 19h30, “As Aventuras de Matilda – O Musical” estreia no Teatro Amazonas. O espetáculo será apresentado no Teatro Amazonas e marca o primeiro trabalho da Turma de Teatro Musical da Casa de Artes Trilhares. Com mais de 30 profissionais envolvidos no projeto, entre artistas e técnicos, a inédita versão de um dos maiores sucessos da literatura mundial, conta com artistas em formação e profissionais renomados na cena local, dentre estes as atrizes Dávilla Holanda e Giese Santos; e os atores Diego Altobele, Klindson Cruz e Matheus Sabbá.

O diretor geral do espetáculo, Juca Di Souza, explica que o processo iniciou de forma setorizada, com a realização de oficinas de teatro, dança e canto, que foram unificadas na etapa final de construção do trabalho, que conta ainda com diretor musical, preparador vocal, diretor coreográfico e direção de elenco. O diretor geral pontua que a principal reflexão sobre esta obra é a inquietação. “Matilda é inquieta, contestadora, corajosa. Mas é importante ressaltar que isso não é o suficiente e esse é um ensinamento para todos nós: não basta apenas querer mudar o meio em que vivemos, nós precisamos buscar conhecimento, ferramentas e nos cercar de pessoas que nos deem suporte na caminhada para a mudança. Matilda encontra isso tudo nos livros, nos amigos e na figura emblemática de uma professora, a Srta. Honey”, argumenta Juca.

Quem for ao Teatro buscando apenas entretenimento vai ter algumas surpresas, como explica o diretor. “Ao mesmo tempo que a obra de Roald Dahl diverte, ela deixa uma forte crítica aos adultos, principalmente aos pais, escancarando situações de desrespeito à criança enquanto indivíduos com personalidades e pontua o autoritarismo, a ausência de diálogo e a alienação das grandes mídias”, destaca.

“O mais absurdo é saber que isso ainda é a realidade de muitas famílias nos dias atuais. Talvez a relação com a televisão não seja mais como o autor descreve em 1988, até porque hoje em dia temos outras ‘telas’ nesta problemática, mas a reflexão acerca dos efeitos causados se mantém viva e preocupante, nos alertando o que Matilda diz do começo ao fim deste espetáculo: que os adultos precisam olhar as crianças com mais atenção, carinho e respeito”, completa Juca.

Foto: Eduardo Nakamura

Voz e Corpo

Para construção do espetáculo musical, a Cia Trilhares contou com dois profissionais importantes para o desenvolvimento do espetáculo: Diego Altobele, que assina a preparação vocal dos atores e Ítalo Almeida, diretor coreográfico. Diego ressalta que foi um prazer preparar as vozes desse musical, apesar de apenas ter dado continuidade ao trabalho iniciado por Yasmin Rodrigues.

“Por ter entrado no final no processo, tive que lidar com crianças que conheciam a obra muito mais que eu e isso me incentivou a ser a melhor versão de mim mesmo e poder agregar com técnicas vocais para todos do elenco. Foi profissionalmente um desafio pra mim, mas termino com sentimento de satisfação em ver esse trabalho com tanta dedicação nascendo no palco”, acrescenta.

Segundo Ítalo Almeida, há uma expectativa e felicidade enorme por ter a oportunidade de contar essa história através do movimento, das coreografias criadas para o trabalho. “Como direção estabelecemos com todo cuidado um caminho criativo para que as crianças e jovens do elenco pudessem usar suas potências e entender as limitações. Através da dança o elenco se dedicou a expressar os conflitos da trama e também de deus personagens”, pontua.

Processo longo e necessário

A produtora Rafaela Margarido explica que este é o maior desafio artístico da Trilhares, desde a criação da companhia. “São muitos artistas envolvidos dentro e fora dos palcos. São Várias entradas e saídas no palco, uma grande construção e movimentação cênica, o que nos tomou muitas horas de trabalho na sala de ensaios. Além disso, temos por trás de tudo que será apresentado muitos técnicos envolvidos para que tudo aconteça. Mas ver o resultado final desse processo está sendo recompensador, ainda mais em um ano tão difícil para o setor cultural”.

Já para Sebastiana Colares, diretora de elenco, foi um processo desafiador. “O elenco é muito variado, o que se fez necessário pensar diversos métodos e metodologias para se chegar ao objetivo final, principalmente entendendo que estamos falando de um processo de ensino e aprendizagem acerca do Teatro Musical. Meu objetivo enquanto diretora cênica e preparadora de elenco, era fazer com que tivéssemos um processo de qualidade, logo, o produto final seria satisfatório”, finaliza.

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