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Sexta, 19 Abril 2024

Revista cita Museu da Cidade em Manaus como modelo

Revista cita Museu da Cidade em Manaus como modelo
Nos próximos cinco anos, doze centros culturais e museus serão inaugurados no Brasil, entre eles, dois na cidade de Manaus (AM): o Museu da Cidade, que funcionará no prédio histórico do Paço da Liberdade; e o Museu Olímpico, na Arena da Amazônia, composto de peças do acervo do presidente da Confederação Sul-Americana de Atletismo (Consudatle), Roberto Gesta.
Foto: Ingrid Anne/Manauscult
O destaque para essas inaugurações, em pleno cenário econômico desfavorável no País, foi assunto da matéria 'Contra a crise, museus', da revista Veja deste domingo (23). Além dos museus de Manaus, a matéria cita os projetos de São Paulo, Rio de Janeiro, Piauí e Goiás como modelos dos novos conceitos de museus, os chamados 'museus de identidade'. Neste formato, os museus dialogam com a tecnologia sobre aspectos temático-culturais específicos, como é o caso do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, e da Língua Portuguesa, em São Paulo.“O Museu da Cidade, em Manaus, pretende explicar o surgimento da capital amazonense a partir dos diversos fluxos migratórios”, cita a reportagem. Trata-se da exposição permanente 'Manaus: História, Gente e Cultura', que irá trabalhar tanto os aspectos históricos, como o processo evolutivo de construção da cidade, focado, sobretudo, na inserção das pessoas na construção desse modelo.A ideia é contar, em uma linha do tempo, como a cidade foi criada a partir de um intenso fluxo migratório e como foi forjada a partir do ideal simbólico dos seus nativos que em interação com os imigrantes formaram o que hoje é a cidade de Manaus.O curador da exposição é Marcello Dantas, que também assina o projeto do Museu da Língua Portuguesa. “(Os museus de identidade) não expõem algo colecionável, mas cultura imaterial, muitas vezes ligada à identidade de um povo ou um grupo. É um tipo de museu capaz de olhar para a cultura viva e mostrá-la às pessoas”, explica.Dantas, que acaba de ser escolhido como curador de arte do Aeroporto de La Guardia, em Nova York, explica ainda que mais de mil museus foram criados na China nos últimos 20 anos. “Ali houve ditadura, revolução cultural, cinquenta anos de ostracismo e renascimento econômico. Os museus de agora são uma forma de o chinês enxergar como ele realmente é depois das mudanças. Isso também acontece em países como Argentina, Colômbia e México”, afirma à revista.Dantas é representante da empresa Magnetoscópio, que venceu a licitação voltada para empresas interessadas em criar o projeto museográfico e museológico, com recursos de tecnologia, captar recursos para a execução por meio da Lei Rouanet. O resultado final do Edital da Chamada pública nº 005/2016 foi publicado na edição 4036 do Diário Oficial do Município do dia 3 de janeiro.Atualmente, o projeto se encontra na fase de captação de recursos por parte da empresa responsável. A partir do início da instalação do Museu da Cidade, a expectativa é de que sejam necessários seis meses para a conclusão da obra de instalação.  A fim de ajudar a custear a manutenção do Museu, haverá a instalação de bilheteria, a preços populares, cujos valores serão estudados posteriormente. Eles irão para o Fundo de Manutenção do Museu.  Paço da LiberdadeCriado em 1872 como forma de marcar o poder territorial do Império na Região Norte, o Paço da Liberdade, localizado no Centro Histórico de Manaus, conta não apenas a história da cidade, mas guarda em suas fundações conhecimentos técnicos que ainda hoje são estudados por alunos e professores de Arquitetura.Feito para suportar o regime das águas, o prédio histórico, de perfil neoclássico, está situado em frente à Praça Dom Pedro II, em uma região onde foram encontradas, oficialmente, aproximadamente 300 peças arqueológicas catalogadas. Para se ter uma ideia do valor histórico do espaço, o primeiro acervo registrado foi encontrado a apenas 3 palmos de profundidade.O pé direito, a angulação dos detalhes, o frontispício remetem ao período iniciado em meados do século XVII e que durou até meados do século XIX, conhecido como Neo-clássico, trazido à tona com base nos ideais do Iluminismo, procurando o equilíbrio, sobriedade e simplificação dos excessos do período anterior, o Barroco.  Foi do salão nobre do Paço da Liberdade, hoje sala de ex-prefeitos, que o então governador do Amazonas, Eduardo Ribeiro, assinou o contrato com a empresa que seria responsável pela construção do Teatro Amazonas.Detalhes como as madeiras Acapulco e Pau-amarelo, ainda originais, estão presente nas salas principais; pinturas no barreamento e rodapé que lembram o mármore, feitas por artistas italianos, também podem ser conferidas no local, bem como janelas de prospecção que mostram os detalhes originais de cor, técnica e desenho utilizados pelos arquitetos e artistas da época.

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