Conheça algumas histórias assombradas da região Norte do país

A região Norte está repleta de histórias e lendas que mexem com o imaginário e deixa até mesmo algumas pessoas sem dormir a noite.

 O folclore brasileiro e o imaginário popular têm muitas lendas, algumas de origem indígena, outras nascidas no meio urbano, que não deixam nada a desejar às assombrações internacionais.

O portal Amazônia separou algumas destas lendas para você conhecer. Confira:

Curacanga/Cumacanga 

Em meio à brisa morna das noites de verão entre o Pará e o Maranhão, não foram poucos os que atestaram terem visto uma bola de fogo correr pelos campos. Ali, não é só é combustão: no centro da bola vai a cabeça de uma mulher, cujos cabelos e olhos também são fogo. É a Curacanga, também conhecida por Cumacanga em algumas regiões.

Reprodução: Guia dos quadrinhos

A aparição não só aterroriza todos que têm a desdita de vê-la, como também deixa um rastro de queimado por onde passa. A mulher em chamas, dizem, nem sabe o que se passa. À meia-noite das sextas-feiras, ou em dias de lua cheia, a amaldiçoada deita para dormir, pega no sono e, sem ter consciência, a cabeça separa-se do corpo, pega fogo e vaga por aí.

Em algumas versões, esta azarenta é a sétima filha de uma família que já teve seis filhas. Em outras, é a mulher envolvida com um padre, assim como a Mula Sem Cabeça, cujo pescoço, outra semelhança, é arrematado por chamas. A Curacanga, como a Mula, tem hábitos noturnos. Mas volta logo ao corpo, no primeiro cantar do galo, a tempo de evitar que a infortunada acorde e se encontre sem cabeça no corpo.

Operação Prato 

No 29 de outubro de 1977, um jovem casal descansava em casa, na ilha do Mosqueiro, em Belém do Pará, quando uma luz verde entrou pela janela. Os dois foram lá e depararam com um objeto oval, suspenso no ar, de frente para eles. A luz paralisou a moça, que estava grávida, deixando-lhe em estado de transe, o corpo entorpecido. Até que ela ensaiou desabar no chão. O marido acudiu a moça e tentou sair dali com ela nos braços.

O objeto, então, passou a circundar a casa, com a luz entrando por todas as frestas e, neste momento, afetando de tal modo a mulher que suas veias pareceram intumescer e enegrecer. A gritaria foi tamanha que os vizinhos vieram armados ajudar o casal. Foram ao hospital, terminaram na delegacia.

Reprodução: Vice

Um cachorro que estava por perto neste ataque, contaram os vizinhos, foi atingido pela luz. Nunca mais latiu. Em outros pontos de Belém, várias pessoas deram entrada em um hospital após um passamento provocado por uma luz misteriosa emitida por um objeto oval. Eles chegaram com tontura, fraqueza, febre, alguns com queimaduras de primeiro grau.

A história acima poderia estar em uma ficção científica, mas seu lugar foi as páginas noticiosas do jornal Estado do Pará. Além dele, os jornais O Liberal e A Província do Pará também noticiaram o ataque. Aliás, ao longo de 1977, a luz verde e o objeto oval voador foram tema de mais de 50 notícias veiculadas nas três publicações. Os avistamentos foram relatados em vários bairros da Capital paraense e até mesmo no Maranhão.

O pânico tomou conta da cidade e a Prefeitura pediu apoio da ditadura militar. A Aeronáutica assumiu o caso, considerado pelos ufólogos um dos mais importantes no território nacional. A investigação ficou conhecida como Operação Prato e, assim como o ocorrido, terminou cercada de mistérios. Um dos militares mais conhecidos pelo caso, o capitão Uyrangê de Hollanda Lima, aportou na cidade descrente daquilo tudo.

Terminou, ele mesmo, tendo visto o objeto não identificado.

Foi no rio Guajará-Mirim, na companhia do sargento João Flávio Costa. Avistaram, nas palavras dele, um “troço enorme”, de cerca de 100 metros de comprimento, sobrevoando as águas, a menos de 100 metros da embarcação onde estavam. O objeto tinha o formato de uma bola de futebol americano, isto é, oval. Foi fotografado e filmado pelos militares. A operação toda teve mais de 500 fotos e 16 horas de filmagem.

No entanto, quando Uyrangê de Hollanda Lima encontrou o brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira, comandante do 1º Comando Aéreo Regional, e relatou o encontrou com o objeto após meses de investigação, o superior tomou uma decisão que intriga, até hoje, os ufólogos: mandou encerrar a operação.

Capelobo 

O corpo parece humano, porém é coberto de longos pelos escuros. Já o rosto é semelhante ao de tamanduá. No meio da testa possui um único olho, como os ciclopes. Em algumas versões, tem apenas uma perna, em outras, é bípede e tem cascos nas patas. Ele é notívago, mas não precisa da luz da lua para a transformação.

Reprodução: Twitter @Dudutowers

 A criatura é temida por caçadores e indígenas na região amazônica, onde costuma aterrorizar as noites. Quando encontra a vítima, dá um abraço mortal em que esmaga o crânio. Com o caminho livre, desce seu focinho até a massa encefálica e suga tudo. Quando não encontra um homem, satisfaz-se com um filho de cachorro ou de gato.

A lenda guarda algumas semelhanças com o lobisomem, porém é genuinamente brasileira. O nome dele é Capelobo, o que, alguns apontam, pode ter origem no substantivo português “lobo” e o termo “capê”, possivelmente indígena, que significaria “torto, tortuoso”. Para matá-lo, não é necessário uma bala de prata, mas um ferimento fulminante no umbigo.

Mapinguari 

O Mapinguari é uma existência monstruosa que vive na floresta amazônica. Tem mais de 2 metros de altura, seu corpo é coberto de pelos vermelhos, na cabeça possui um grande olho. Isso porque sua boca está no meio da barriga: uma verdadeira bocarra, repleta de dentes afiados. Seus braços longos são acompanhados de poderosas garras afiadas, que utilizada para matar qualquer humano ou outra criatura que cruze seu caminho na mata.

Reprodução: Folha de SP

O monstrengo, aliás, possui algumas habilidades manuais. Para se defender, costuma utilizar cascos de tartaruga, que faz as vezes de armadura. Diferente dos outros monstros da lista, o Mapinguari caça de dia e dorme de noite. Sua passagem também não é nada discreta, ele costuma rugir e derrubar árvores por onde passa. Certamente, não é o tipo de criatura que se quer encontrar em uma visita à Amazônia.

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