César Félix (AC), Thiago de Melo (AM) e Marilza Cardoso (MT) são alguns dos nomes que conquistaram leitores compondo versos sobre a realidade da região e seus sonhos.
César Félix (Acre)
Félix se destacou por usar a literatura e a poesia como forma de combater o violento ambiente que dominou as redes sociais durante o período eleitoral de 2018. Historiador formado em Santa Catarina, o poeta acreano é conhecido por outros trabalhos, como o ‘Café com Poesia’.
Barbara Primavera (Amapá)
Com ênfase nas próprias experiências e de seus ancestrais vividos na Amazônia, a poeta apresentou o primeiro recital solo chamado ‘Por Onde Nascem as Flores’. Atualmente, ela se dedica ao blog pessoal e à publicação do primeiro livro virtual que ainda está em fase de produção.
Thiago de Mello (Amazonas)
Suas obras foram traduzidas para mais de trinta idiomas. Seu poema mais conhecido é ‘Os Estatutos do Homem’, em que o poeta chama a atenção do leitor para os valores simples da natureza humana.
Ele faleceu no dia 14 de janeiro de 2022 em sua casa, na capital amazonense. Na época, o poeta estava com 95 anos.
Ruy Barata (Pará)
Ruy Guilherme Paranatinga Barata nasceu em Santarém, em 25 de junho de 1920. Se formou em Direito, em 1943, pela Faculdade de Direito do Pará. Deixou poemas dispersos em revistas, jornais e na gaveta, bem como os seguintes livros de poemas publicados: ‘Anjos dos abismos’ (1943) e ‘A linha imaginária’ (1951).
Foi um poeta comprometido com as causas sociais. Exerceu a função de jornalista nos periódicos ‘A Província do Pará’ e ‘Folha do Norte’, de professor de Literatura Brasileira da Faculdade de Filosofia, Letras e Artes, posteriormente incorporada à Universidade Federal do Pará (UFPA). Ele também participou da política paraense. Faleceu em 1990, no Estado de São Paulo.
Marilza Cardoso (Mato Grosso)
Poeta, escritora, atriz e psicóloga, Marilza Ribeiro Cardoso nasceu em 27 de março de 1934 em Cuiabá. Ela é filha de descendentes de europeus e se dedicou desde a juventude à literatura, tendo publicado alguns contos e livros como ‘As aves e os poetas ainda cantam’ (2014) e ‘Balaio Amarelo’ (2016).
Foi locutora de rádio aos 17 anos, trabalhou como produtora de programas, publicou seis livros de poesia e chegou até a ser a presidente da Associação de Mulheres de Mato Grosso.
Também teve uma carreira reconhecida no Estado como psicóloga. Ela morreu aos 87 anos no dia 1° de fevereiro de 2022.
Salgado Maranhão (Maranhão)
José Salgado Santos, pseudônimo Salgado Maranhão, nasceu em Caxias, no Maranhão, em 13 de novembro de 1953. Ele participou do movimento de “poesia marginal”, que vigorou nos centros urbanos do país nos anos 70. Seus primeiros poemas em livro foram publicados na antologia poética ‘Ebulição da escrivatura: treze poetas impossíveis’.
Em 1998, recebeu o Prêmio Ribeiro Couto da União Brasileira dos Escritores. Neste mesmo ano publicou ‘Mural de ventos’, agraciado, em 1999, com o Prêmio Jabuti. Atualmente consegue aliar à atividade da escrita musical e poética, outra que é fonte de sentido e equilíbrio: mestre em shiatsu e também terapeuta corporal há mais de dez anos, Salgado Maranhão encontra no pensamento oriental a relativização dos valores europeus inerentes à escrita.
Augusto Branco (Rondônia)
Publicou seus primeiros livros de forma independente, pelo Clube de Autores, e suas publicações virtuais tiveram um êxito considerável, especialmente o poema ‘VIDA: Já perdoei erros quase imperdoáveis’ – atribuído a diversos nomes pela Internet, mas finalmente registrado em seu nome pela Biblioteca Nacional -, que chamou atenção por sua popularidade na internet, em nível mundial, ao longo de muitas redes sociais e até a veiculação em rede nacional.
Eliakin Rufino (Roraima)
Eliakin Rufino de Souza, mais conhecido apenas como Eliakin Rufino, nasceu em Boa Vista, no dia 27 de maio de 1956. É um poeta, cantor, escritor, professor de filosofia, produtor cultural e jornalista.
É, junto a Zeca Preto e Neuber Uchoa, um dos integrantes do movimento ‘Roraimeira’, uma expressão cultural amazônica considerada por cientistas sociais como um dos expoentes máximos na construção da identidade roraimense.
Gilson Cavalcante (Tocantins)
Gilson Cavalcante é jornalista e poeta, nascido em Porangatu (GO) e há quase 40 anos vive em Palmas (TO). Estreou com a publicação de ’69 Poemas- Dos Lençóis e da Carne’, em parceria com Hélverton Baiano, seguido por ‘Lâmpadas ao Abismo’, ‘Ré/Ínventário da Paisagem’, ‘Poemas da Margem Esquerda do Rio de Dentro’, este contemplado com menção especial no concurso literário nacional Prêmio Cidade de Juiz de Fora, em 2002.
Com ‘O Bordado da Urtiga’, prêmio da Bolsa de Publicações Maximiano da Matta Teixeira, 2008, da Fundação Cultural do Tocantins. Em 2009 publicou ‘Anima Animus – O Decote de Vênus’ e ‘Bonsai de Palavras’, um livreto de hai-kais (estilo japonês).
Depois de vencer o histórico e concorrido concurso da Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, em Goiás, em 2011, o poeta recebeu o Troféu Goyases 2011, no campo da poesia. A honraria é da Academia Goiana de Letras.
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