“A Campus Party não é uma feira, não se compra e nem se vende nada. Não é um show. Precisa de financiamento para poder acontecer, como todo grande evento mundial como a Copa do Mundo, Fórmula 1. E um lugar grande. Estamos viabilizando as condições para que se -exercite uma a candidatura de Manaus como potencial realizador de uma Campus Party”, destacou Farruggia.
O encontro com Farruggia aconteceu na sede do Grupo Rede Amazônica, os parceiros prestaram atenção na apresentação do presidente do Campus Party. Ele contou que a Campus já conquistou um público amazonense cativo, que parte religiosamente em caravana para São Paulo participar das edições. A ideia é trazer para Manaus o evento completo com duração de 4 dias, 24 horas sem parar e mais de 400 horas de conteúdos.
O evento seria uma oportunidade perfeita para que pesquisadores de universidades e institutos de pesquisa divulguem suas ideias e, quem sabe, atraiam investidores.
“O evento reúne as pessoas que mexem com a parte tecnológica, os investidores. É um evento grandiosíssimo e vai deixar em evidência tudo o que a gente faz para o mundo todo, não só para o Brasil, tem uma capilaridade internacional, inclusive de investimento. A Ufam tem grande interesse porque temos institutos que tramitam nesta área, inclusive de tecnologia. Vai deixar em evidência o que a gente faz para o mundo todo” , disse o assessor de modernização da Universidade Federal do Amazonas, o professor Irineu Vitorino.
Além de divulgar a produção da região, o evento pode incentivar o empreendedorismo, como observou o acadêmico Airton Sena, de 23 anos, que há seis meses criou uma startup.
“Os empreendedores jovens não tem muita visão do que acontece lá fora, a Campus Party pode trazer uma motivação muito grande. Muitos jovens têm ideia, mas não sabem o que fazer, querem empreender mas não sabem como começar”, apontou.
História de sucesso
A Campus teve sua primeira edição na Espanha em 1997. De lá para cá, já passou por mais de 30 países e funciona como uma grande vitrine para divulgar as criações e inovações científicas e tecnológicas desta nova fase da Economia Digital, apontada por Farruggia.
“Estamos saindo da economia industrial e entrando na digital. A economia industrial estava concentrada em polos como Minas Gerais, São Paulo. A digital democratiza e abre para qualquer região do mundo. Você pode ter um garoto aqui que cria alguma coisa que vai mudar o mundo. Eles precisam só de oportunidade, de mostrar o que estão fazendo e o que pensam, ter protagonismo. A campus Party os empodera. É uma vitrina especializada”, disse o presidente.