Para o professor Marcílio, a bioeconomia está baseada e dependente de mecânica, fitoquímica e farmacologia aplicadas aos produtos naturais.
“Também denominada de ‘economia ecológica’, tem como pressuposto o uso da ciência e tecnologia hightech para construir novos arranjos produtivos e matrizes industriais centradas na exploração dos recursos, serviços e dos ciclos da natureza em forma sustentável”, ressalta o professor.
Sobre essa Economia centrada no uso, construção dos processos de gestão e produtos oriundos do mundo biológico e direcionado pela biomassa, o professor acrescenta que, na Amazônia, a realidade ainda é técnica.
“Nossa bioeconomia ainda não conseguiu saltar do nível tecnificado para um nível hightech, nível desenvolvido em empresas como a Natura e a Johnson & Johnson, por exemplo, que é um passo que deveria ser foco principal do governo do estado, com políticas públicas estabelecidas nessa direção”, disse.
Neste sentido, o crescimento e o desenvolvimento da bioeconomia a um nível hightech, também passaria pela associação da farmacologia, cosmética e alimentação, segundo o professor, que são as três grandes áreas que movimentam a bioindústria da Amazônia.
“É o futuro do mundo. Toda qualidade de vida, o processo de envelhecimento, de ampliação da idade de vida, as melhores moradias, melhores políticas públicas e circulação. Tudo isso depende ou tem ligação muito forte com novos materiais, com novos remédios e com novos produtos para habitação, e organização das cidades e sociedade”, finaliza o professor.
A palestra “Amazônia, Desenvolvimento Sustentável e Bioeconomia: desafios e incerteza” é parte da programação da VII Semana de Ciência e Tecnologia do Instituto de Ciência Exatas (SECT-ICE), que acontece até o dia 23 de outubro, no Campus Senador Artur Vírgilio, da UFAM, em Manaus.
Para saber mais sobre a VII Semana de Ciência de Tecnologia do ICE, acesse: http://sectice.ufam.edu.br/