Um grupo de investidores sul-coreanos visitou o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) na tarde desta quarta-feira (08). O objetivo do encontro foi estabelecer uma possível parceria entre o Inpa e a Coreia do Sul, além de levar as negociações na área de biotecnologia adiante. Os coreanos demonstraram interesse em investir nos segmentos de fármacos, cosméticos e saúde.
O grupo da DSD Samho foi recebido pelo chefe de gabinete do Inpa, Sérgio Fonseca Guimarães, que fez uma apresentação geral das pesquisas e projetos que são desenvolvidos pelo Instituto. O diretor do Inpa, Luiz Renato de França, se encontra em Tabatinga, no interior do amazonas, participando do AmazonLog.
Segundo o diretor internacional da empresa DSD Samho, no Brasil, Salomão Shim, o Inpa é uma das principais instituições brasileiras que a Coreia escolheu para vir a ser um forte parceiro. “A Coreia poderá contribuir com fundos para aquisição de equipamentos e colocar à disposição os melhores centros de pesquisas e laboratórios e esta parceria poderá trazer benefícios para ambos os lados”, afirma o empresário. Na Coreia do Sul, além da forte atuação no segmento de biotecnologia, o grupo é um dos maiores da construção civil na área habitacional.
Shim conta que a Coreia do Sul está investindo fortemente na área de biotecnologia e busca na Amazônia parceiros que tenham a expertise com produtos naturais que possam ser transformados em produtos finais para servir à humanidade. “Com essa cooperação, a gente iria investir e desenvolver, conjuntamente, com os recursos naturais da Amazônia, tanto na área farmacêutica, cosmética e saúde”, diz ao acrescentar que o intuito é desenvolver novos aterramentos também para ser úteis, principalmente, à saúde.
Um dos empecilhos para a concretização da parceria entre Inpa/Coreia do Sul, segundo o empresário coreano, está na burocracia pelo lado brasileiro. Ele afirma que o grupo da DSD Samho vem tentando implantar um modelo diferenciado e o espera poder realizar o mais breve possível. “Tamanha burocracia não é útil para o Brasil e nem para a Coreia”, finaliza.
A Coreia do Sul é a 13ª maior economia do mundo e está classificado como um dos países mais desenvolvidos do mundo pela Nações Unidas, pelo Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).