Serão 54 horas em que as equipes estarão engajadas, a partir de metodologias para construção de um negócio inovador. O evento é uma franquia internacional da Techstars, e, em Manaus, um grupo de quadro voluntárias realiza a edição do SW, entre elas, a organizadora Glaucia Campos.
“O Startup Weekend está presente em várias cidades, e onde há voluntários para realizar os eventos. Este é o terceiro que estamos realizando em Manaus, e desde 2014 conseguimos construir os líderes de comunidades, que organizam outros eventos da área”, conta Glaucia, ressaltando que os SW são eventos de formação de empreendedores.
A temática feminina surgiu ainda em 2017, com a primeira edição do SW em Manaus, e o objetivo é trazer as mulheres para um campo que ainda é masculinizado.
“A gente entende que nesse mercado de tecnologia e empreendedorismo, as mulheres ainda não tem tanta visibilidade, entrada e participação quanto o masculino, e isso não é um problema de empreender, mas de base, quando as engenharias formam poucas mulheres e isso reflete no mercado de trabalho. Hoje temos uma chamada para agregar as mulheres nesse cenário mais inovador, por que queremos esse publico como massa de trabalho, de pessoas agregando e pensando mais inovação na cidade”, pontua.
Segundo a professora doutora do Instituto de Computação da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Tanara Lauschner, que também o coordena Programa Cunhantã Digital, que visa atrair meninas do ensino médio e fundamental para a computação, o cenário da presença de mulheres em áreas de tecnologia ainda é pequeno, mas já há avanços.
“No Amazonas, a realidade não é diferente do nacional. Você tem 20% de mulheres trabalhando na área tecnológica como desenvolvedoras, e os relatos que a gente recebe de forma geral são de problemas recorrentes, como a questão de interromper quando a mulher está falando, ou na apresentação de resultados de equipe que geralmente são homens que falam, além das questões de assédio moral e sexual. E eventos como o SW pois incentivam a maior participação de mulheres, fazendo com que elas tenham essas experiencias e mais portas de abram”, conta Tanara.
Entre os projetos que estão preocupados com a inserção da mulher no mercado de trabalho, está o Cunhantã Digital, que atua em três frentes com o público manauara.
“O projeto tem uma frente de atuação no Ensino Médio, para dizer para meninas considerarem a área de computação como uma área profissional para elas. A segunda frente é dentro da Universidade, onde promovemos debates junto às meninas da gradução, entender os problemas e colocar as questões para os professores, e a terceira frente, é no mercado de trabalho, em que tentamos envolver as mulheres que trabalham nesse contexto, incentivando e servindo de modelo e inspiração para quem ainda está na universidade”, lembra Tanara, que será uma das juradas do SW.
Ao término do evento, segundo Glaucia, cerca de 20% das equipes de startups sobrevivem, e podem ser acolhidas por aceleradoras como a comunidade de Startups Jaraqui Valley, no entanto, todos os participantes terão a expertise para empreender a partir de suas vivências de imersão no SW.
O SW é organizado por Paulianne Campos, engenheira sênior em Qualidade de Software no Sidia, Ludymila Lobo, que é organizadora do GDG Manaus e Embaixadora Women Techmakers, por Glaucia Campos, Head Startups Ecossystem PPED INDT, Community Leader Jaraqui Valley e Teia Digital Amazônica, Embaixadora CASE 2019, Juliany Raiol, desenvolvedora de Software no INDT, e Carol Queiroz, CEO na Event, e acontece de 23 a 25 de agosto, na Faculdade Martha Falcão, e a expectativa de público é de 120 pessoas entre participantes, organizadores, mentores e jurados.
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