Em Manaus, projeto visa incentivar participação de meninas nas ciências exatas

O número de mulheres trabalhando nas áreas de exatas e tecnologia ainda é pequeno, e para reverter esse quadro, um grupo de professoras da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) desenvolveu o “Caboclas Kirimbaua Auaeté”. O projeto, que está vinculado ao ProgramaMulher e Ciência do CNPq, com vigência até maio de 2020 e tem o objetivo de estimular a participação de meninas nas Ciências Exatas.

Alunas de cinco escolas da Rede Estadual de Ensino Médio participam efetivamente do Projeto junto à Ufam. A Escola CETI – Marcantonio Vilaça II, a Escola Estadual Prof. Waldocke Fricke de Lyra, a Escola Estadual Almirante Ernesto de Mello Baptista, a Escola Estadual Prof. Djalma da Cunha Batista, a Escola Estadual Leopoldo Neves irão desenvolver projetos de iniciação científica em matemática, orientados por seus próprios professores, sob a coordenação do Programa. Dentre as atividades, palestras e minicursos são algumas delas.

Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

Segundo a coordenadora do projeto, Juliana Miranda, a proposta é trazer mais meninas para a ciência, assim como, diminuir a desigualdade de gênero que considera um número reduzido de participação. “Mostramos para elas, que o lugar da mulher é onde ela quer. Atualmente, somos apenas 10 mulheres no nosso setor, contra 40 homens, ou seja, temos apenas 25% da taxa de representação”, disse.

Além de Juliana, participam do “Caboclas Kirimbaua Auaeté” as professoras Flávia Morgana, Inês Padilha, Karla Tribuzy e Maria Rosilene do Santos. Elas coordenam palestras itinerantes nas escolas, além de minicursos, oficinas e workshops. “A gente tá querendo trabalhar com isso há muito tempo. É importante que as garotas saibam que matemática não é um bicho de sete cabeças”, contou Juliana.
 

Foto: Divulgação

Conhecimento é poder

Nesta segunda-feira (21) as meninas que integram o projeto participaram da Semana de Ciência e Tecnologia da Ufam e mostraram para o público um pouco sobre formas geométricas, teorema de Pitágoras e Pick. “Desde que comecei a participar das oficinas, pude compartilhar mais informações com as pessoas. Antes eu achava a matemática muito difícil, mas agora estou envolvida e em constante aprendizado”, revelou a aluna do oitavo ano, Mireli Miote.

A estudante, Carla Silva, evoluiu bastante no escola, após participar do “Caboclas Kirimbaua Auaeté” e fica orgulhosa ao mostrar todo o conhecimento que obteve nos últimos meses. “É uma oportunidade única para mim e minhas amigas. A gente se diverte e aprende bastante com os professores. E agora, temos a oportunidade de ensinar outras pessoas˜, falou.

Foto: Diego Oliveira/Portal Amazônia

“Várias mulheres juntas em busca de conhecimento”, exclamou a estudante Karine Nascimento. Ela acredita que muitas meninas se inspiram no projeto para seguir carreira na área de exatas. “Somos referências para muitas garotas, afinal, o mercado de trabalho é em sua maioria masculino, então, precisamos seguir e mostrar a nossa força”, explicou.

Sobre o evento

Em 2019, o tema da Semana da Ciência e Tecnologia é “Bioeconomia: Diversidade e Riqueza para o Desenvolvimento Sustentável”. O evento faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e reúne estudantes do ensino básico e superior, professores e pesquisadores dos cursos de exata.

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