Pensando em como resolver essa equação climática os especialistas da holding brasileira KBC e os diretores do Instituto Nacional de Excelência em Políticas Públicas (INEPP) desenvolvem há um ano uma tecnologia de blockchain (também conhecido como protocolo de confiança) e um modelo de negócios que visa a indexar um cripto ativo de produção sustentável ao mercado de créditos de carbono e suas bolsas.
A blockchain desenvolvida na tecnologia PoC (prova de capacidade) emite 10.000% menos CO2 na atmosfera, quando comparada à tecnologia PoW (do Bitcoin e suas altcoins).
Por utilizar o espaço em HD em vez de velocidade e potência de placas gráficas, os cripto ativos PoC são verdadeiramente sustentáveis, não só por gastar menos energia e por serem muito mais distributivos, mas especificamente por serem mais econômicos e permitirem ao minerador usar sua própria energia caseira, sem aumentar absurdamente a conta a ser paga.
Os times do INEPP e da KBC criaram um modelo de negócio cujo ecossistema visa a transacionar créditos de carbono e a integrar a cadeia produtiva de reflorestamento à cadeia produtiva de mineração de cripto ativos, inserindo a preservação ambiental de forma efetiva no mundo digital. Assim, eles desenvolveram o modelo Amazonascoin.
Uma nova realidade
De acordo com o chefe de estratégia da Amazoncoin, Clynson Oliveira, a ideia surgiu de uma grande necessidade dos empreendedores amazônicos. “Trabalhei no Batalhão do município de Barcelos, e pelas minhas viagens pela Amazônia, eu não via uma efetividade de chegar o dinheiro na ponta da linha. Então, tivemos a ideia de criar essa criptomoeda distributiva e disruptiva, onde você encurta o espaço entre o investidor ou o projetista”, explicou.
Ainda segundo Oliveira, parte dos recursos da compra do cripto ativo e das doações recebidas de pessoas físicas, jurídicas e instituições internacionais, serão trocados pelo Amazonascoin e depositados em um green cripto crowdfunding para que sejam usados no arrendamento de árvores reflorestadas, garantindo sua sobrevivência e renda para os que realmente preservam a Amazônia Legal, os moradores da Amazônia.
Dessa forma, 20% das aquisições de Amazonascoin serão destinados para financiamento de projetos verdes. Todos eles serão listados em uma plataforma para um processo de revisão jurídica e financeira. Já os desenvolvedores recebem parte do financiamento no início e outra após a apresentação dos resultados. As Amazonascoin’s poderão ser trocadas por moedas tradicionais ou outras criptomoedas.
Lançamento
Até o momento, a equipe conta com 62 milhões de moedas mineradas, o lançamento oficial da marca acontecerá no dia 10 de dezembro, data que é celebrada o Dia Internacional do Índio. “Todos nós queremos contribuir com a preservação da Amazônia, e por que não fazer isso colocando o recurso financeiro na mão de quem efetivamente faz? Além do mais, as pessoas vão devolver tudo aquilo que elas tiram da natureza”, contou Oliveira.
Feira do Polo Digital de Manaus
O projeto do Amazonascoin é um dos muitos que integram a programação da segunda edição da Feira do Polo Digital de Manaus, que acontece entre os dias 15 a 16 de outubro na Plenária do Studio 5 – Centro de Convenções. A feira faz exposição de stands dos Institutos Públicos e Privados de TICs, Empresas de TI, Startups, Universidades, Incubadoras, Aceleradoras, Instituições, Agências e Associações de apoio ao Ecossistema de Inovação Digital de Manaus.
Além dos expositores, a programação deste ano conta com CodeWar, Maker, Business e Development, bem como diversas Trilhas de Palestras com os temas: e-Gov, Indústria 4.0, Liderança e Empreendedorismo, UX Design, Agilidade, Jogos Digitais, Pesquisa Científica, Transformação Digital, Tecnologia Emergentes, Tecnologia Verde e Tecnologia Móveis, com palestrantes nacionais e internacionais, com destaque para Toomas Ilve, ex-presidente da Estônia que fará exposição de como transformou a Estônia em um país totalmente digital.