A equipe formada por discentes e docentes Amazonas_Brazil foi premiada com medalha de prata na Competição Internacional de Máquinas Geneticamente Engenheiradas (iGEM), que foi realizada neste mês de novembro em Massachusetts (EUA).
O projeto com que a equipe Amazonas_Brazil concorreu foi o de fazer um kit para edição genética usando o sistema CRISPR-Cas9 – uma nova técnica de edição de genomas que possibilita alterações com “precisão cirúrgica” na sequência de DNA das células, transformando as biociências moleculares e biotecnologias, em especial as áreas de melhoramento e terapia genética.
Segundo a instrutora da equipe Maria Clara Astolfo, o grupo desenvolveu um protocolo padrão e um guia para orientar outros pesquisadores que trabalham com o CRISPR/Cas9.
“Neste ano, o projeto foi centrado no desenvolvimento de ferramentas moleculares que torne a técnica CRISPR/Cas9 eficiente, padronizada e acessível a toda comunidade científica, pois somos o primeiro grupo da América Latina a utilizá-la na competição e o único da Amazônia, abrindo caminho para o desenvolvimento de novas biotecnologias regionalmente”, disse.
Ainda de acordo com a instrutora Maria Clara, “a pesquisa com o CRISPR/Cas9 é tão importante, pois já se tem registros de que cientistas conseguiram deletar HIV de células e inativar genes relacionados à câncer de mamíferos”.
Maria Clara reconhece a importância da premiação. “O nosso principal objetivo é trazer ciência de ponta para a Amazônia e apresentar, ao lado dos maiores institutos de pesquisa do mundo, um pouco da ciência desenvolvida na nossa região. Acreditamos que receber um prêmio internacional desse porte abre caminhos para o fortalecimento da ciência e tecnologia no Amazonas, incentiva futuros cientistas e mostra que também podemos fazer ciência de qualidade”, concluiu.
Além do trabalho “CRISPeasy: building a standard BioBrick toolbox for genome engineering”, a equipe também apresentou um software (iProGRAm) para o compartilhamento de protocolos científicos.
Sobre o Grupo
Com a nossa trajetória com 5 anos e 8 premiações internacionais, a equipe, pioneira no país, é multidisciplinar e une estudantes de diversas áreas, como Biotecnologia e Ciência da Computação, Matemática, Medicina e Design, com a perspectiva de utilizar a biologia sintética como ferramenta para desenvolvimento de novas tecnologias que atendam as demandas da Amazônia, com comprometimento social e científico.