Há 19 anos, o Grupo de Apoio Voluntário (GAV) atua com a distribuição de brinquedos, ranchos, e até mesmo mochilas para as pessoas carentes de Manaus. O trabalho chamou a atenção do designer Francisco das Chagas, que decidiu participar de uma das ações. A paixão foi imediata, ele se viu envolvido e, atualmente, é um dos membros assíduos do GAV.
“A doação é espontânea, veja o meu caso, por exemplo, fui só para conhecer e trabalho com eles há seis anos. As atividades do GAV iniciam em janeiro e seguem até dezembro. Encerramos com a distribuição de alimentos, presentes e cestas básicas. É sempre bom ver a gratidão das pessoas que ajudamos”, garantiu Chagas.
Retribuição
Aos 23 anos, o médico Matheus Almeida acredita que ajudar ao próximo é espalhar a palavra de Deus. Este ano, o jovem aproveitou o aniversário para fazer um ato de solidariedade. Ele pediu aos familiares e amigos que lhe dessem alimentos no lugar de presentes. Assim, Matheus montou cestas básicas e distribuiu em comunidades carentes de Manacapuru.
No Natal, Mateus também continua seus atos solidários. Após celebrar com a família, ele segue pelas ruas de Manacapuru distribuindo sopas para pessoas em situação de rua. “É uma forma de retribuir, afinal, tive oportunidade de estudar e me formar, além de exercer a minha profissão. Então, dessa forma, tento melhorar nem que seja um pouco a vida do próximo”, contou o jovem.
Empatia
A chance de participar do Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação (Intercom) mudou a vida das universitárias Cristie Sicsú, Francisca Brito e Ana Pastana. Elas desenvolveram o projeto “Cinema Educativo” e decidiram aplicá-lo na comunidade Sateré-Mawé Y’apyrehyt, no bairro Redenção. “Os comunitários foram receptivos, mas comentaram que muitas outras pessoas já os usaram em projetos, mas não retribuíram de alguma forma”, comentou Cris Cicsu.
Ela e suas colegas, pensaram em uma forma de retribuir, e aproveitando o Natal, decidiram doar roupas, brinquedos e alimentos para a comunidade. “Fico feliz em ajudar, já fiz algumas doações por causa dos trabalhos desenvolvidos na igreja que frequento, e o sentimento é o mesmo, solidariedade. Algumas pessoas não tem o que comer ou vestir na ceia de Natal, então, acho válido ter essa empatia pelo próximo”, disse Cris.
Muito além do presente
De acordo com Dan Holanda, que é mestre em Reiki Tradicional, nessa época do ano acontece uma mudança vibracional no planeta, a psicosfera, um magnetismo de todos os pensamentos humanos relacionados ao Natal. Geralmente, as pessoas acabam se conectando com essa energia crística e vão vibrando pensamentos mais amorosos. Outro ponto importante é o encerramento do ano, ou seja, mais um ciclo se encerra, e cada individuo começa a analisar suas ações.
Mas segundo Holanda, cada caso é diferente, pois, existem pessoas que se entregam a essa onda vibracional, já outras que recebem o mesmo chamado não conseguem senti-lo verdadeiramente. “É uma decisão pessoal, alguns fazem isso durante todo ano, outros só na época do Natal e Ano Novo”, explicou.
E apesar de muitos fazerem o bem, o especialista confessa que ainda existem os criticos de plantão. “As pessoas tem que parar de criticar, ainda é comum comentários negativos sobre quem realiza doações no Natal. Como eu sempre digo, melhor doar no Natal do que nunca doar”, ressaltou.
E nem sempre quem recebe a doação sai ganhando. Para Holanda, nessas situações existem trocas importantes. “A gratidão é o melhor presente que uma pessoa pode receber. E muito além do presente fisico, as pessoas ganham o espiritual, pois, existe uma necessidade urgente, de ser visto e ouvido. Só do voluntário dar atenção, tenho certeza, que já mudou o dia de alguém”, garantiu.