Na capital paulista desembarcam nesta quinta-feira 116 imigrantes. Amanhã, 69 venezuelanos serão acolhidos na cidade de Cuiabá e outros 83, em São Paulo. Os imigrantes serão acolhidos em abrigos nos destinos.
O processo de interiorização foi uma estratégia adotada para proporcionar melhores condições aos imigrantes venezuelanos que querem viver e trabalhar no Brasil. Com esse objetivo, o governo federal, com apoio técnico do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) e da Organização Internacional de Migração (OIM), ligadas à ONU, buscou vagas em abrigos de prefeituras, governos estaduais e na sociedade civil para receber os imigrantes.
Os imigrantes que aderiram, de forma voluntária, ao chamado processo de interiorização aceitaram deixar Roraima para buscar oportunidades em outras localidades. Antes do deslocamento, todos foram devidamente imunizados em relação a doenças como sarampo, caxumba, rubéola, febre amarela, difteria, tétano e coqueluche.
Os venezuelanos passaram por regularização migratória junto à Polícia Federal – por meio de solicitação de refúgio ou de residência temporária. Também foi verificada a adequação do perfil dos abrigados à localidade de destino.
Operação Acolhida
O primeiro voo da Operação Acolhida deixou o aeroporto de Boa Vista antes das 10h (horário de Brasília) e tem previsão de chegada à Base Aérea de Guarulhos às 13h. Três ônibus levarão 83 imigrantes para um abrigo administrado pela prefeitura de São Paulo; 29 irão para um abrigo administrado pela sociedade civil e outros quatro a um local de acolhimento do estado de São Paulo.
O segundo voo deixará Boa Vista na sexta-feira, também às 8h (horário local) e chegará à base aérea de Cuiabá às 11h. Ônibus transportarão 69 pessoas a um abrigo administrado por uma organização da sociedade civil.
O mesmo voo sai de Cuiabá às 12h30 e chega à base área de Guarulhos às 15h30. Desse grupo, 77 vão para abrigos da prefeitura de São Paulo e cinco vão para local de acolhimento administrado pelo estado de São Paulo.A interiorização não terá custo para os venezuelanos.
As viagens serão custeadas com os R$ 190 milhões liberados ao Ministério da Defesa por meio da medida provisória 823/2018, que trata da assistência emergencial e acolhimento humanitário das pessoas que deixaram a Venezuela.
Segundo a Casa Civil da Presidência da República, responsável por coordenar o comitê federal, de caráter interministerial, que busca assegurar melhores condições aos estrangeiros do país vizinho, o critério aplicado nesse primeiro transporte foi a disposição dos próprios venezuelanos, que voluntariamente se dispuseram a partir, e a existência de vagas em abrigos nas cidades de destino.